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08/Set/2022

Fertilizantes: cotações internacionais sustentadas

Segundo a consultoria Stonex, a expectativa de queda dos preços internacionais dos fertilizantes, aguardada por parcela dos produtores para finalizar as compras dos insumos para a safra 2022/2023, pode não se confirmar em alguns nutrientes e ser tardia em outros. A tendência é de alta nos preços dos nitrogenados e de extensão da queda nas cotações dos potássicos e dos fosfatados até outubro. A ureia, referência para nitrogenados, é a maior preocupação porque as compras de adubos para a 2ª safra estão um pouco atrasadas. O preço já subiu 30% desde o fim de julho e há espaço para subir outros 10% até outubro, alcançando US$ 800,00 por tonelada CFR porto Brasil. A ureia é um dos principais insumos aplicados na adubação do milho.

O aumento do preço internacional da ureia deve-se, principalmente, aos reflexos da crise do gás natural na Europa, com a paralisação do fornecimento russo ao bloco. No continente europeu, fábricas de nitrogenados já operam com cerca de 60% da capacidade ociosa e o bloco tende a importar estes nutrientes. A maior demanda sazonal pelo ativo ao longo deste mês por parte de Brasil, Índia e Estados Unidos também tende a contribuir para a alta. Até outubro, todos esses consumidores estão disputando mercado. Após atingir o pico do rally em meados de outubro, os preços devem recuar em novembro e dezembro porque grandes players internacionais consumidores já estarão fora do mercado.

Em contrapartida, as cotações internacionais do potássio e do fósforo tendem a recuar cerca de 4% ao longo deste mês, pressionadas pelo temor de recessão global, queda do petróleo e volatilidade dos preços globais dos grãos. O fósforo tem recuado de US$ 20,00 a US$ 40,00 por tonelada por semana e é estimada queda de mais US$ 30,00 por tonelada, atingindo US$ 750,00 por tonelada CFR Brasil até outubro. O potássio está na mesma situação, com projeção de redução de US$ 20,00 a US$ 25,00 por tonelada até outubro, em cerca de US$ 790,00 por tonelada CFR Brasil. Essa possível extensão da diminuição dos preços dos nutrientes potássicos e fosfatados, contudo, ocorre após o principal período de compra dos insumos para a safra de verão (1ª safra 2022/2023) do Brasil, mas ainda deve ser favorável para as aquisições para a 2ª safra de milho de 2023.

No caso do potássio, somam-se aos fatores baixistas os projetos mundiais de expansão da produção do ativo, da ordem de 16 milhões de toneladas até 2026, e a viabilização das exportações de Belarus por planos alternativos, já que permanece impossibilitada por sanções norte-americanas e europeias de exportar pela Lituânia. O valor da ureia importada avançou US$ 50,00 por tonelada em uma semana, para US$ 672,00 por tonelada CFR (custo e frete) em porto no Brasil no dia 2 de setembro. O fosfato monoamônico (MAP) cedeu US$ 42,00 por tonelada na mesma base comparativa, para US$ 778,00 por tonelada CFR porto. No dia 2 de setembro, o cloreto de potássio (KCl) atingiu US$ 813,00 por tonelada posta em porto no Brasil, queda de US$ 37,00 por tonelada em relação à semana anterior. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.