30/Ago/2022

O Aqua Capital, firma de private equity focada na cadeia do agronegócio e de alimentos, comprou participação minoritária relevante na SoluBio, empresa de Goiás especializada em fornecer toda a estrutura necessária à instalação de fábricas de bioinsumos em fazendas (OnFarm). Os recursos serão investidos na expansão comercial, governança, pesquisa e desenvolvimento e no avanço da empresa para o exterior. O fundo destacou que enquanto o mercado brasileiro de produtos biológicos tem crescido em média 45% nos últimos cinco anos, a SoluBio, que hoje é líder nacional e global em biotecnologia para a produção de bioinsumos na fazenda, registrou uma taxa de crescimento anual composta (CAGR) de 117% no mesmo período, tornando-se líder incontestável do setor.

O mercado de bioinsumos tem um potencial muito grande de crescimento, não apenas no Brasil, mas em nível global. A SoluBio é o primeiro investimento do Fundo III do Aqua e estamos muito animados com essa parceria, que reafirma o comprometimento do Aqua Capital com a agenda ESG e de captura de carbono no agronegócio. Criada em 2016 e com sede em Jataí (GO), a SoluBio oferece tecnologias para produção de bioinsumos nas fazendas e manejo biológico OnFarm, que permitem reduzir custos de produção em até 70% nos cultivos de soja, milho, trigo, algodão, cana-de-açúcar, café e hortifrúti. Além de contribuir para a redução do uso de defensivos químicos e fertilizantes pelo consórcio com bioinsumos, o manejo biológico viabiliza o sequestro do equivalente a 36 toneladas por hectare de gases de efeito estufa, abrindo possibilidade para a atração de crédito verde.

Em maio, foi divulgado que a companhia estava se preparando para iniciar operações no exterior e havia uma nova captação em vista, de R$ 250 milhões, com a qual pretendia instalar centros de distribuição (CD) de produtos (equipamentos e microrganismos) no Paraguai e na Colômbia e uma fábrica piloto no chamado "Cinturão de Grãos" dos Estados Unidos. O dinheiro também viabilizará a instalação de mais 200 biofábricas no Brasil em 2023, além das 400 previstas até o fim de 2022. O faturamento neste ano deve somar R$ 300 milhões, mais que o triplo dos R$ 80 milhões de 2021. No último ano, a empresa investiu mais de R$ 200 milhões em expansão da sua capacidade produtiva e presença comercial. O P&D está acelerado e a empresa trará novidades impactantes para o mercado nos próximos meses. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.