24/Ago/2022
A Agroconsult projeta que 45,1 milhões de toneladas de fertilizantes serão entregues no mercado brasileiro em 2022, número que representa leve recuo ante os 45,9 milhões de toneladas de adubos entregues no ano passado. Haverá uma redução na dose de fertilizantes aplicada, em virtude do nível de preços a que esses insumos chegaram. No caso da soja, tem algum acúmulo de fósforo no solo, então deve haver uma redução pontual de entregas de fertilizantes, mais concentrada no fósforo e nas lavouras de soja e milho, mas não de forma abrangente. A expectativa é de redução de entregas, mas o volume será suficiente para uma safra espetacular do ponto de vista agrícola e sem o problema de virar o ano com um enorme estoque de adubos. Apesar do mais alto custo de produção da história observado neste ano, referente ao aumento dos preços de insumos agrícolas, o Brasil vai superar com folga uma produção de 300 milhões de toneladas.
Se o clima não atrapalhar, o País vai colher uma safra extraordinária no ano que vem. Em torno de 90% do volume de fertilizantes estimado para as lavouras de soja, milho safra de verão e algodão da safra 2022/23 já foram adquiridos por produtores brasileiros. A comercialização está mais atrasada em Santa Catarina e Rio Grande do Sul, Estados onde produtores são mais dependentes de recursos do Plano Safra, recebidos via cooperativas de crédito. Para a 2ª safra de milho de 2023, que será plantada a partir de janeiro, as vendas estão atrasadas em comparação a anos anteriores, acompanhando o ritmo mais lento da negociação antecipada do milho futuro. A estimativa é de que 54% do volume de adubos previsto para o milho 2ª safra de 2023 tenha sido comercializado, ante 71% um ano atrás. De janeiro a julho, o Brasil importou 21,3 milhões de toneladas de fertilizantes, ante 18,4 milhões de toneladas em igual período de 2021.
O line up de agosto (programação de navios com adubos previstos para chegar no Brasil neste mês) prevê a chegada de 4,6 milhões de toneladas, ante 6,2 milhões de toneladas em agosto do ano passado. O saldo a importar em 2022 é de 10,7 milhões de toneladas, contra um saldo de 14 milhões de toneladas há um ano. Dados apontam que o setor de fertilizantes iniciou 2022 com estoques de 7,3 milhões de toneladas, contra 6,2 milhões de toneladas em 2021. Os estoques finais devem somar 7,2 milhões de toneladas, pouco abaixo dos 7,3 milhões de toneladas ao fim de 2021. A importação neste ano deve somar 36,9 milhões de toneladas, contra 39,2 milhões de toneladas no ano passado. A produção prevista é de 8,8 milhões de toneladas, maior que os 8,5 milhões de toneladas em 2021. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.