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17/Ago/2022

AGROGALAXY divulga resultados do 2º trimestre

A AgroGalaxy, empresa que atua no varejo de insumos agrícolas, produção e beneficiamento de sementes e na originação e comercialização de grãos, registrou prejuízo líquido ajustado de R$ 107,6 milhões no segundo trimestre de 2022, 134,5% maior do que o prejuízo líquido de R$ 45,8 milhões apurado em igual período do ano passado. A receita líquida obtida de abril a junho alcançou R$ 1,967 bilhão, 94,2% superior ao valor de R$ 1,013 bilhão contabilizado há um ano. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado no último trimestre foi de R$ 56,3 milhões, 2.137% maior que os R$ 2,5 milhões do segundo trimestre de 2021. Os números consolidam, pela primeira vez, os resultados das empresas Boa Vista, Ferrari Zagatto e Agrocat, adquiridas pela companhia em 2021 e 2022. A receita líquida obtida com as vendas de insumos e grãos das últimas duas, no segundo trimestre, somou R$ 288,2 milhões.

"Prejuízo no segundo trimestre, no primeiro semestre, é normal dentro do nosso negócio. Tanto em 2020 como em 2021 tivemos um prejuízo de cerca de 40% no primeiro semestre e fizemos mais ou menos 140% (do lucro líquido) no segundo semestre, ou seja, compensamos o prejuízo do primeiro semestre", explicou o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da AgroGalaxy, Mauricio Puliti. "Esperamos ter lucro no ano, creio que em porcentuais menores do que em 2019, 2020 e 2021, como efeito da Selic, porque o nosso custo de dívida mais do que duplicou, de uma Selic da ordem de 3% para 14% (em um ano). Uma parte da geração de margem operacional está indo para a despesa financeira; apesar de nossa alavancagem (endividamento) ter diminuído, ainda tem uma despesa financeira grande", continuou o executivo. Em 2021, o lucro líquido ajustado da AgroGalaxy aumentou 42,4% ante o valor apurado em 2020. Já em 2021, havia crescido 58% na comparação com 2019. Neste ano, as despesas da AgroGalaxy no segundo trimestre aumentaram 31% na comparação anual, para R$ 149,8 milhões.

Puliti reforçou que, historicamente, o resultado do segundo trimestre representa somente 9% do faturamento de insumos do ano, enquanto o terceiro e quarto trimestre concentram, respectivamente, 27% e 46%. Da receita líquida de R$ 1,967 bilhão obtida no segundo trimestre, R$ 780,8 milhões vieram da venda de insumos agrícolas, 118,7% acima da receita de R$ 357 milhões obtida com insumos no intervalo correspondente de 2021. A empresa registrou também receita de R$ 1,186 com a venda de grãos, 80,8% a mais do que um ano atrás. Parte do crescimento da receita líquida foi sustentada pelo aumento dos preços dos insumos, que subiram em média 58,2% no segundo trimestre ante o mesmo período de 2021. O destaque foi a alta dos fertilizantes, que subiram 87% em comparação à média dos valores apurados no segundo trimestre do ano passado, segundo Puliti. O peso do insumo na receita do segundo trimestre também aumentou, para 64,3% do total, contra 51,9% há um ano.

Já as vendas de defensivos garantiram 25,7% da receita líquida do último trimestre, contra 39,7% um ano antes. Em volume de produtos vendidos, houve incremento total de 19,6% no segundo trimestre. Lojas consideradas mais maduras, abertas há mais de dois anos (same store sales), também registraram crescimento de receita, de 66% na mesma base de comparação. A receita de insumos por consultor técnico de venda (CTV) subiu 62,5%, de R$ 800 mil um ano atrás para R$ 1,3 milhão, em média, no segundo trimestre deste ano. Sobre a dívida líquida ajustada, a companhia informou que nos doze meses encerrados em junho o montante chegou a R$ 1,291 bilhão, 64,2% acima dos R$ 786,9 milhões apurados um ano antes. A alavancagem, medida pela relação entre a dívida líquida ajustada e o Ebitda líquido ajustado, em contrapartida, caiu de 2,7 vezes em junho de 2021 para 2,4 vezes em junho deste ano. Apesar do efeito da alta da Selic sobre as despesas com juros, a empresa reduziu o spread da dívida, de CDI + 4,6% em janeiro de 2021, para CDI + 3,7% em junho de 2022.

Com isso, o custo médio da dívida hoje é de 15,91% ao ano, ante 7,51% ao ano no segundo trimestre de 2022. O Retorno Sobre Capital Investido (ROIC) avançou 7,6% no período ante igual período do ano passado, alcançando 25% em junho deste ano. A carteira de pedidos da AgroGalaxy em junho, referente a vendas de insumos que serão faturadas no segundo semestre do ano, superava em aproximadamente R$ 2 bilhões a contabilizada um ano antes, com R$ 3,9 bilhões, ante R$ 1,9 bilhão em junho de 2021. "Neste momento (do ano), medimos nossa performance não só pelo faturamento acumulado, mas pela carteira e estamos indo muito bem. Além disso, o índice de realização (conversão de pedidos em receita) dessa carteira é muito alto, foi de 97% no ano passado", disse ao Broadcast Agro o CEO da AgroGalaxy, Welles Pascoal, lembrando que o valor não inclui a comercialização de grãos. Cerca de R$ 270 milhões dos R$ 3,9 bilhões de carteira devem vir de 18 novas lojas em nove Estados que serão abertas até o começo de 2023 e que já contam com equipes de venda trabalhando nas áreas onde estão sendo construídas, de acordo com a vice-presidente de Negócios e ESG da varejista de insumos, Sheilla Albuquerque.

No total, a companhia espera abrir 25 lojas até o início do ano que vem. "Já fechamos pedidos com essas 18 lojas que somam R$ 242 milhões, ou 90% do previsto (para o semestre)", explicou. As vendas de insumos agrícolas da AgroGalaxy neste ano devem crescer de 20% a 25% em volume na comparação com igual período do ano passado, na avaliação do diretor Financeiro e de Relações com Investidores da companhia, Mauricio Puliti. No segundo trimestre de 2022, a companhia registrou crescimento de 19,6% no volume vendido, ante o intervalo correspondente de 2021. No semestre, a alta foi de 21,2% e nos 12 meses encerrados em junho de 2022 o volume de insumos agrícolas vendido pela empresa cresceu 26,6% em relação ao contabilizado nos 12 meses finalizados em junho de 2021. O CEO da AgroGalaxy, Welles Pascoal, disse que a companhia, que atua no varejo de insumos agrícolas, produção e beneficiamento de sementes e na originação e comercialização de grãos, não trabalha com perspectiva de novas altas dos preços dos insumos, em especial dos fertilizantes.

"Esperamos que haja estabilidade de preços e até queda no caso de alguns produtos com oferta grande. Os preços dos fertilizantes nitrogenados já se ajustaram (para baixo). Hoje a situação está muito mais normalizada em termos de oferta de fertilizantes", afirmou. "Também não vemos mais a perspectiva de falta de insumos", reforçou a vice-presidente de Negócios e ESG da varejista de insumos, Sheilla Albuquerque. No segundo trimestre, parte do incremento de 94,2% da receita líquida, para R$ 1,967 bilhão, foi garantida pelo aumento dos preços dos insumos, que subiram, em média, 58,2% no período, ante igual intervalo de 2021. A receita com insumos viabilizada por meios digitais avançou 66,7% no segundo trimestre, para R$ 271,7 milhões, mas sua participação na receita líquida total caiu de 45,7% para 34,8%. Segundo o diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Mauricio Puliti, a queda se explica porque as revendas Boa Vista, Ferrari Zagatto e Agrocat, as últimas adquiridas pela empresa, ainda estão sendo integradas aos sistemas da AgroGalaxy. "Se pegar a participação das vendas por canais digitais sem considerar estas empresas, dá mais ou menos a mesma coisa (que um ano atrás)", disse. Fonte: Broadcast Agro.