04/Ago/2022
Segundo o Arranjo Produtivo Local do Álcool (Apla), o incremento da produção de biocombustíveis na Argentina poderá movimentar cerca de US$ 20 milhões em máquinas e equipamentos. Foram destacados os resultados de visitas às usinas de cana-de-açúcar do país. O estudo de campo foi realizado pela Apla como parte de um levantamento feito para o evento “Sustainable Mobility: Ethanol Talks”, na Argentina. A produção de cana-de-açúcar na Argentina concentra-se em três províncias: Tucumán, Salta e Jujuy. Em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), o Projeto Brazilian Sugarcane Bioenergy visitou 11 usinas dessas regiões.
O levantamento apresentou as possibilidades de avanço a partir do que já se conhece de tecnologia no Brasil. Segundo o estudo, há uma expectativa de que as vendas de máquinas e equipamentos capazes de melhorar a eficiência das usinas para que possam produzir mais etanol poderia alcançar os US$ 20 milhões. De todo etanol produzido na Argentina praticamente metade tem como matéria-prima a cana-de-açúcar e a outra metade o milho. O etanol de milho já tem uma capacidade instalada muito mais avançada. A cana-de-açúcar ainda precisa aumentar a produção e o Brasil pode ajudar na tecnologia e nos serviços.
A mistura obrigatória de etanol na gasolina está hoje em 12% na Argentina e um aumento da produção de cana-de-açúcar no país para atender a um avanço no mix seria um desafio, no entanto. Áreas com clima ideal para os canaviais já foram ocupadas com a cultura, o que exige um aumento do rendimento da cana-de-açúcar por irrigação ou mesmo a adoção de variedades diferentes da planta que se desenvolvam melhor no solo argentino. Diante desse cenário, se houver um aumento muito grande de demanda pelo biocombustível, quem tende a atender essa necessidade, num primeiro momento, seria o milho. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.