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29/Jul/2022

KEPLER WEBER operando na capacidade máxima

Com a demanda aquecida por silos e armazéns, a Kepler Weber, fabricante do setor, opera próximo da sua capacidade plena de produção, informou o diretor-presidente da empresa, Piero Abbondi. "Temos duas plantas robustas: em Campo Grande (MS) e outra em Panambi (RS). Estamos perto da capacidade plena de produção porque algumas operações são gargalos, mas as plantas podem absorver crescimento significativo de demanda. As linhas de silos, por exemplo, ainda têm bastante capacidade disponível", disse Abbondi durante teleconferência com investidores para apresentação dos resultados financeiros da companhia referentes ao segundo trimestre deste ano. Segundo o executivo, a companhia realiza constantemente investimentos para acompanhar a demanda do setor. "Como as plantas são robustas, permitem aumento de capacidade com investimentos pequenos. Investimentos estão sendo feitos para suprir gargalos e novos equipamentos e permitir rapidez na operação. E já pensamos em 2023, em como iremos nos preparar para a demanda de 2023", acrescentou Abbondi.

No segundo trimestre deste ano, a Kepler investiu R$ 11,7 milhões na sua operação, 77% mais que em igual período do ano anterior. De acordo com a companhia, os aportes foram aplicados na modernização e expansão da capacidade produtiva, como na aquisição de "puncionadeira" para chapas e no centro de torneamento. O executivo disse também que a companhia estuda a possibilidade de colocar um terceiro turno em operação. "O terceiro turno é uma alavanca que podemos utilizar para dar suporte à produção e utilizaremos quando necessário", afirmou. A Kepler Weber, fabricante de equipamentos para armazenagem de grãos, está viabilizando a sua linha de crédito própria para financiamento de silos para produtores rurais, informou o diretor-presidente da empresa, Piero Abbondi. "Estamos colocando nosso fundo de financiamento em pé. Recursos do Plano Safra são insuficientes para financiamento do produtor, o que exige soluções próprias", disse Abbondi. A linha foi apresentada pela empresa no fim de abril deste ano na Agrishow, em Ribeirão Preto (SP).

Os recursos virão de um fundo de investimento (FIDC), estruturado em parceria com o BTG Pactual, com aportes da empresa e de outros investidores. Pela primeira série do FIDC, serão cerca de R$ 120 milhões disponíveis aos produtores. O diretor financeiro e de Relações com Investidores da Kepler, Paulo Polezi, destacou que à medida que essa série de R$ 120 milhões se esgotar, outras séries poderão ser emitidas. "Não é um fundo para competir com o Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA, linha do Plano Safra). É uma alternativa complementar ao PCA. O fundo está pronto, disponível e temos pipeline de clientes que manifestaram interesse. À medida que os recursos do PCA da safra 2022/2023 se esgotarem, vemos que a demanda pode entrar no nosso fundo", explicou. Segundo Polezi, pela linha, produtores poderão financiar 100% do projeto de armazenagem em até dez anos com taxas de juros pré ou pós-fixadas em torno de CDI (semelhante à Selic, hoje de 11,75% ao ano) mais 4,5% a 5%.

Após um período de pressão inflacionária dos insumos utilizados na fabricação de silos e armazéns, a Kepler Weber, fabricante de equipamentos para armazenagem, vê cenário de acomodação dos preços das matérias-primas, disse o diretor financeiro e de relações com investidores da empresa, Paulo Polezi. "O aço representa 50% do nosso custo de produção e, neste momento, a nossa visão é estabilidade para preços para esse insumo". O executivo ressaltou, contudo, que a companhia conseguiu manter boas margens de rentabilidade e controlar custos, mesmo com a pressão inflacionária dos últimos meses e que possui estoque de aço de acordo com a demanda por seus equipamentos. "Trabalhamos com precificação dos produtos acima do preço de custo. Além disso, trabalhamos com estoque casado com a carteira de pedidos, o que dá previsibilidade em preços", comentou.

A Kepler Weber continua avaliando oportunidades de crescimento inorgânico, por meio de fusões e aquisições de outras empresas, segundo o diretor-presidente, Piero Abbondi. "Estamos avaliando outras alternativas e como avançaremos nelas. Nosso foco principal neste ano será a conclusão da aquisição da Procer, de digitalização de armazenamento de grãos e automação de silos", disse Abbondi. A compra de 50% das ações e mais uma cota da Procer, anunciada pela Kepler em 30 de junho, ainda está sujeita à assinatura definitiva, segundo Abbondi. Em 2020, a companhia também adquiriu a Seletron, fabricante equipamentos para seleção de grãos. "Estamos obtendo resultados satisfatórios com a Celetron e animados com a Procer", destacou. Fonte: Broadcast Agro.