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28/Jul/2022

BASF divulga os resultados do 2º trimestre de 2022

A companhia alemã de produtos químicos Basf informou, nesta quarta-feira (27/07), que teve lucro líquido de 2,09 bilhões de euros (US$ 2,11 bilhões), ou 2,31 euros por ação, no segundo trimestre de 2022. Com o resultado, a companhia avançou em 26,3% ante o resultado de 1,65 bilhão de euros (US$ 1,67 bilhão) em igual período de 2021, ou 1,80 euro por ação. O Ebitda (Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) no segundo trimestre de 2022 foi de 3,396 bilhões de euros, aumento de 6,2% ante igual período do ano passado. Já o indicador que também exclui itens especiais foi de 3,293 bilhões de euros no trimestre, alta de 2,4% na comparação anual. As vendas da companhia cresceram 16,3% na mesma comparação, de 19,753 bilhões de euros para 22,974 bilhões de euros. O conglomerado químico atribuiu os resultados ao crescimento dos preços de seus produtos em todas as regiões de atuação e a efeitos cambiais positivos, principalmente relacionados ao dólar norte-americano.

Volumes significativamente maiores também contribuíram para a expansão das vendas e compensaram os custos mais elevados. A Basf disse que o segmento de Soluções para Agricultura teve alta de 25,3% nas vendas, para 2,45 bilhões de euros e o de Outros Produtos cresceu 44%, para 1,142 bilhão de euros. As vendas no segmento de Produtos Químicos aumentaram 27,2%, para 4,3 bilhões de euros no trimestre, com crescimento significativo nos preços. Em Materiais, as vendas cresceram 29,9%, para 4,86 bilhões de euros, enquanto em Soluções Industriais a alta foi de 12,1%, em relação ao mesmo período do ano anterior, em 2,6 bilhões de euros. O segmento de Tecnologias de Superfície registrou queda de 7,6% nas vendas, para 5,4 bilhões de euros, e o setor de Nutrição & Cuidados teve um aumento de 30,9% na receita para 2,07 bilhões de euros. Em comunicado, a empresa diz que pagou 800 milhões de euros extras (US$ 809,5 milhões) para manter suas fábricas funcionando durante o segundo trimestre deste ano em comparação com o ano anterior em meio à disparada dos preços do gás natural.

"Aumentamos nossos preços e continuaremos fazendo isso para compensar os custos", disse o presidente-executivo da Basf, Martin Brudermueller, durante teleconferência de resultados. A empresa acrescentou que a demanda por gás natural de todas as suas plantas europeias está sendo atendida no momento. Caso o governo alemão declare o mais alto estágio de emergência - parte de um plano para lidar com a redução do fluxo de gás da Rússia para a Europa -, a Basf espera que ainda consiga gás suficiente para operar sua maior planta no país, Ludwigshafen, mas com uma carga reduzida. Para o ano fiscal de 2022, a companhia elevou suas projeções, com o Ebitda antes de itens especiais entre 6,8 bilhões de euros e 7,2 bilhões de euros, acima dos 6,6 bilhões de euros a 7,2 bilhões de euros anteriormente. A empresa alertou, ainda, que espera que a economia esfrie em meio à guerra na Ucrânia e pelo seu impacto nos preços de energia e matérias-primas, o que pode representar obstáculos adicionais ao longo do segundo semestre do ano. Segundo analistas da Citi, a piora das condições econômicas e a menor demanda provavelmente pesarão no desempenho do segundo semestre.

Eles reconhecem que o guidance não assume nenhum impacto da disponibilidade reduzida de gás e é baseada em operações normais, mas alertam, porém, que as interrupções na cadeia de suprimentos e os custos crescentes provavelmente continuarão no curto prazo. A empresa disse também que está se preparando para trocar o gás por outras fontes de energia, como óleo combustível, sempre que possível. Também informou que reduziu a produção em plantas que consomem grandes quantidades de gás, como plantas de amônia, acrescentando que esta é uma prática padrão da indústria quando as margens não são economicamente viáveis. De acordo com a Basf, é possível obter amônia com uso intensivo de gás na planta de Ludwigshafen. A produção de energia e vapor na usina também pode ser parcialmente mudada para óleo combustível, que substituiria cerca de 15% do gás natural necessário para isso. Fonte: Broadcast Agro.