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22/Jul/2022

Fertilizantes: redução sem perda de produtividade

Segundo a AgRural, a possível redução do uso de fertilizantes na safra de grãos 2022/2023 pelos produtores brasileiros, em meio aos preços internacionais elevados dos adubos, tende a não ocasionar perda de produtividade. A expectativa é que os investimentos se reduzam em fertilizantes. Os produtores vão usar menos fertilizantes devido aos preços, mas é uma redução que, em tese, não vai resultar em perda de produtividade, porque o produtor vai utilizar adubo de forma mais otimizada e vem de safras muito bem fertilizadas. Há fixação de parte dos fertilizantes no solo, após anos de adubações expressivas, o que pode segurar a produtividade da safra. É possível plantar esta safra com pouco menos de fertilizantes. Em contrapartida, em relação às sementes e defensivos, não é esperada redução no uso.

Em sementes e defensivos, não é aconselhável reduzir o uso, porque pode haver quebras expressivas de produtividade, o que não é interessante em uma safra que será plantada com custo mais alto. Em defensivos e sementes, é importante manter nível tecnológico para safra ser boa. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) avalia que os produtores tendem a reduzir a utilização de fertilizantes na safra 2022/2023, em meio aos preços elevados dos insumos. Há fertilizantes, mas os preços ainda continuam bastante elevados. Pode haver alguma dificuldade de frete e deslocamento por conta da concentração das importações. Por questão de preço, é bem provável que o produtor reduza utilização. As importações de fertilizantes, especialmente de potássicos e fosfatados, no primeiro semestre deste ano superaram o volume internalizado em igual período do ano passado.

O risco de desabastecimento promoveu movimento bastante expressivo de importações. Houve algumas mudanças de origens, mas a Rússia nunca cessou o fornecimento ao Brasil. Observou-se também diminuição na importação de ureia, em virtude do senso de urgência pouco menor, já que há gama mais ampla de fornecedores de nitrogenados. Há volume com base no que o País importou no primeiro semestre. Houve mudança no comportamento de importação, que normalmente ocorria de julho a setembro, com pico em agosto. Agora, este pico de entrada não vai ocorrer por conta do aumento na importação especialmente no último trimestre. Os portos do Arco Norte, mais próximos da região produtora de grãos, estão com maior movimentação de fertilizantes. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.