22/Jul/2022
A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) afasta a possibilidade de desabastecimento de fertilizantes para a safra de grãos 2022/2023, mas vê o custo "proibitivo". Possivelmente, haverá redução de uso e de demanda de fertilizantes pelo produtor. Isso vai ficar claro nos volumes, nas filas de desembarque dos portos e no aumento de estiques das misturadoras. Os volumes importados no primeiro semestre deste ano superaram o internalizado pelo País nos primeiros seis meses do ano passado, após receios de escassez do produto em meio à guerra entre Rússia e Ucrânia. Houve boa evolução de importação no primeiro semestre deste ano. No primeiro semestre teve entrada bastante expressiva de fertilizantes. Não há possibilidade de desabastecimento.
Essa possível redução de uso deve ocorrer porque a relação de troca entre adubo e commodity está muito depreciada, o que ocorreu principalmente no último trimestre. A relação de troca entre soja e cloreto de potássio (Kcl) passou de 13 sacas de 60 Kg soja para compra de 1 tonelada do produto em janeiro de 2021 para 45 sacas de 60 Kg soja em abril deste ano. Em milho, eram necessárias 26 sacas de 60 Kg cereal para adquirir 1 tonelada de Kcl em janeiro de 2021, enquanto e abril deste ano eram necessárias quase 90 sacas de 60 Kg de milho para a mesma quantidade de adubo. O poder de compra do produtor está bastante comprometido. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.