30/Jun/2022
Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), a expectativa em relação à indústria de máquinas e implementos agrícolas para este ano é de um crescimento de 9%. O setor agrícola vive hoje entre duas frentes. De um lado, os preços das commodities continuam sendo embarcados a preços elevados. De outro, há um aumento expressivo dos custos por causa dos insumos, que em grande parte são precificados em dólar. Contudo, o saldo líquido destes dois movimentos será a manutenção dos investimentos em máquinas e em implementos agrícolas com vistas ao aumento da produção. A expectativa para o segmento é de aumento de áreas de plantio e de uma colheita de no mínimo 350 milhões de toneladas de grãos da safra que começa a ser plantada em setembro.
Foram três anos positivos em função de diversos fatos: valorização das commodities agrícolas e expansão do meio monetário no mundo todo, o que movimentou o consumo de alimentos. Houve a Covid-19, mas isso não atrapalhou e o setor cresceu bastante no ano passado. No front agrícola, o único fator que está gerando muitas expectativas é o Plano Safra 2022/2023, que definirá a quantidade de recursos com juros equalizados tanto para custeio quanto para investimentos. Recursos para investimentos com juros equalizados deverá ser somente para os pequenos e médios produtores agrícolas, e o restante com juros livres de mercado, que os bancos particulares vão fazer, além dos bancos oficiais.
No ano passado, essa questão não foi tanto sentida porque além de os preços das commodities estarem valorizadas tinha o câmbio contribuindo para as exportações. Para este ano, no entanto, o setor convive com essa ameaça, já que o dólar está mais baixo e as commodities com tendência à estabilização. Na falta de juros equalizados para os grandes produtores, estes terão de buscar outras fontes de financiamento ou promover investimentos com recursos próprios. O setor de máquinas agrícolas precisa de R$ 100 bilhões para investimentos no Moderfrota, Moderagro (Programa de Modernização da Agricultura e Conservação dos Recursos Naturais), Moderinfra, para agricultura de baixo carbono, irrigação e armazenagem. No ano passado, os recursos destinados ao Moderfrota não duraram nem três meses. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.