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27/Mai/2022

Caminhoneiros não descartam possível paralisação

Em meio aos sucessivos aumentos do óleo diesel, que atingiu na última semana o valor médio recorde de R$ 7,07 por litro nos postos de combustíveis do País, os caminhoneiros autônomos não descartam paralisação nacional, mas uma possível data para isso ainda não foi definida. Representantes chegaram a mencionar greve a partir do dia 21 de maio, contudo a mobilização da categoria não avançou. Uma nova data pode ser definida em decisão unificada na próxima reunião nacional dos transportadores rodoviários autônomos. Entre as "soluções" buscadas pelos caminhoneiros, a Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava) cita o Projeto de Lei 1.205/2022, que tramita no Senado e que desatrela o óleo diesel do frete, a cobrança do setor sobre a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) quanto à fiscalização do cumprimento do piso mínimo e o fim da política de paridade de importação da Petrobras, que vincula o preço interno dos combustíveis ao preço internacional do barril de petróleo e ao dólar.

Hoje, a pauta principal da categoria é o PL 1205/22. A entidade acredita que essa medida vai solucionar a questão porque o caminhoneiro não tem de arcar com o aumento do combustível, assim como feito com o pedágio que passou a ser responsabilidade do embarcador. O Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) também menciona 11 de junho como data para discussão unificada das demandas da categoria e possível debate quanto a uma paralisação nacional. Manifestação em prol da categoria sempre é válida desde que tenha uma pauta de reivindicação para a categoria. Lideranças também receiam que uma greve piore a frágil situação econômica do País. Em 2018, ano da greve nacional que parou o País por cerca de 10 dias, o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,1%, mas perdeu 1,2% de avanço, o que foi atribuído, em grande parte, à paralisação que gerou uma crise sem precedentes no abastecimento doméstico.

Hoje, a situação econômica está muito diferente e a classe baixa e média sofreriam ainda mais com os efeitos econômicos de uma greve. Mas, chegará em um ponto que a categoria não terá mais como suportar, ponderou a Abrava. O CNTRC avalia que algum impacto da paralisação de caminhoneiros no País é inevitável. Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes e Logística (CNTTL), outro motivo que freia o movimento é a baixa adesão dos caminhoneiros observada nos últimos atos. Hoje, os representantes dizem esperar pelo apoio popular. A mobilização e as conversas da categoria são permanentes, com contatos diários com os transportadores associados às confederações e sindicatos. A Abrava afirmou que os caminhoneiros buscam apoio também de outros setores como motoristas de aplicativos e motoboys. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.