ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

20/Mai/2022

Fertilizantes: importação deve cair no 2º semestre

Segundo o Itaú BBA, a chegada de fertilizantes importados nos portos brasileiros deve diminuir nos próximos meses, como consequência dos efeitos da guerra entre Rússia e Ucrânia. Até abril, as importações de adubos provenientes da Rússia e de Belarus chegaram ao Brasil dentro da normalidade. Vale lembrar que o período para que o produto russo chegue ao Brasil é, em média, de 90 dias e que os principais produtos dos quais o país é o maior originador são cloreto de potássio (KCl), nitrato de amônio (NAM) e fosfato monoamônico (MAP).

No primeiro quadrimestre do ano, o Brasil recebeu 2,4 milhões de toneladas de fertilizantes russos e 744 mil toneladas provenientes de Belarus, quantidades semelhantes em relação a igual período do ano passado. A maior quantidade importada em abril/2022 pode ter refletido uma antecipação de compras, na medida em que a oferta de matérias-primas começou a ficar mais incerta, um pouco antes do início da guerra. Pela concentração da produção e exportações de KCl, será importante acompanhar de perto o volume a ser desembarcado e os preços praticados do ativo no País nos próximos meses.

Sobre o MAP, os volumes de chegada de fertilizantes em abril foram maiores na comparação anual. Contudo, com os problemas logísticos decorrentes da guerra, também é um produto importante a ser acompanhado nos portos brasileiros nos próximos meses. De NAM, o volume importado foi menor que o de igual período do ano passado, principalmente, em virtude da redução dos volumes originados na Rússia.

Essa retração já era esperada, em virtude da restrição às exportações russas adotadas pelo governo local em fevereiro. Para que o Brasil atinja o mesmo volume de fertilizantes entregues ao mercado do ano passado, de 45,885 milhões de toneladas, será necessário importar 27,98 milhões de toneladas de maio até o fim do ano. A projeção considera os embarques feitos até abril, de 10,382 milhões de toneladas, e a redução dos estoques de passagem para o menor volume dos últimos quatro anos. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.