13/Mai/2022

A SLC Agrícola afirmou que o setor agropecuário não deve enfrentar problema de suprimento de fertilizantes, mais de preços. Até hoje, 11,2 milhões de toneladas de fertilizantes foram importadas pelo Brasil, acima do ano passado, então o mercado está rodando, os navios estão chegando. Mesmo com a guerra, a Rússia não deixou de embarcar fertilizantes. Por isso, o suprimento de fertilizantes não será o problema. Já os preços triplicaram em alguns casos. O valor médio do insumo saiu de um patamar histórico de US$ 300,00 a US$ 400,00 por tonelada antes da pandemia, para a faixa de US$ 700,00 a US$ 800,00 durante a pandemia e atualmente está entre US$ 1.000,00 e US$ 1.200,00 por tonelada.

A perspectiva, entretanto, é que estes valores recuem um pouco ao longo do ano porque a demanda será menor. A estimativa é de que o consumo do Brasil seja de 8% a 10% menor e no mundo, 10% a 15% mais baixo. A demanda, historicamente, sempre foi menor quando os preços estiveram muito altos, o que ajudará de forma importante no ajuste da oferta. Até o momento, os preços do já caíram 26%, de US$ 995,00 por tonelada para cerca de US$ 740,00 por tonelada. O fósforo recuou 7% desde o pico dos preços e o potássio, 3%.

Rússia e Belarus são importantes para a oferta de potássio, responsáveis por 40% das exportações mundiais, mas têm menor relevância no abastecimento global de fósforo e nitrogênio. Muitos países que têm solos férteis devem reduzir as compras de fertilizantes e utilizar estoques do solo. A própria SLC aproveitou que os fertilizantes estavam "baratos" nos últimos três anos para aplicar doses altas do insumo na terra nas duas últimas safras. Então, neste ano, a empresa não vai consumir o excedente e no ano que vem vai continuar adubando normalmente, não será preciso repor estoques. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.