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13/Mai/2022

GRUPO VITTIA não acredita em falta de fertilizantes

O Grupo Vittia, que produz fertilizantes especiais e defensivos biológicos, não vê falta do complexo NPK (nitrogênio, fósforo e potássio - macronutrientes básicos usados na agricultura) em decorrência dos reflexos da guerra entre Rússia e Ucrânia. Deve haver redução no uso e problemas logísticos. Entre os desafios logísticos, pode-se citar a superlotação de portos da China, em virtude de medidas para controle da Covid-19. Os portos da China que são usados na entrega de insumos estão superlotados. Por isso, a empresa trabalha neste momento com estoque pouco mais robusto para atender a maior demanda do segundo semestre. O ano é desafiador com a crise dos macronutrientes e o recrudescimento da pandemia de Covid-19 na China. O desafio grande do ano é a cadeia de suprimento. A empresa mantém estoque um pouco mais alto, em virtude de possíveis atrasos nos navios. É uma posição mais conservadora nos estoques para quando a demanda vir no segundo semestre a empresa estar bem amparada.

O bom momento dos mercados de soja e milho, com preços remuneradores, alivia um pouco os aumentos do complexo NPK. O Grupo Vittia espera concluir ainda neste ano o aumento da capacidade de produção da sua planta de biológicos. O investimento em biológicos está dentro do esperado e deve haver aumento de capacidade ainda em 2022. O grande objetivo da segunda etapa de investimento na planta de biológicos é atender a safra 2023/2024, mas a antecipação do investimento deve permitir à companhia atender alguma demanda adicional, caso ocorra ainda na safra 2022/2023. A empresa investiu R$ 2,7 milhões ao longo do primeiro trimestre deste ano na fase 2 da ampliação de sua planta de biológicos, que deve ampliar sua capacidade de produção de 3,5 milhões de kg para 4 milhões de kg por ano. O aporte total aprovado para o projeto é de R$ 20,1 milhões, dos quais já foram investidos R$ 3,7 milhões. A duplicação da capacidade de produção da fermentação sólida e o aumento da flexibilidade operacional estão previstos para o segundo semestre deste ano.

A companhia estrutura ainda uma terceira fase do projeto, com planejamento de investimento de R$ 26 milhões e aumento da capacidade projetada para 9 milhões de kg anuais. O investimento da companhia para ampliação do seu centro de armazenagem e expedição em São Joaquim da Barra (SP) foi concluído no primeiro trimestre deste ano. O armazém de São Joaquim da Barra (SP) deve ser inaugurado em breve e estará totalmente operacional para safra 2022/2023. No primeiro trimestre deste ano, a Vittia investiu R$ 6,2 milhões no centro de armazenagem, somando R$ 27,2 milhões investidos, de um total previsto em R$ 31,3 milhões na fase 1. O centro tem capacidade projetada para 14,0 mil pontos pallets, aumento de 123% na capacidade atual. Também no primeiro trimestre, a empresa investiu R$ 700 mil, de um total de R$ 2,8 milhões previstos, para a ampliação da capacidade de produção de inoculantes dos atuais 35 milhões de doses por ano para 44 milhões de doses por ano.

Outro aporte da companhia no período foi em pesquisa, desenvolvimento e inovação (P&D&I), de 2,9% da receita líquida no período. Para fertilizantes, foram aportados R$ 1,467 milhão nos três primeiros meses do ano e R$ 3,061 milhões para P&D&I de biológicos. Os principais desenvolvimentos foram o lançamento de dois novos produtos, sendo 1 macrobiológico e 1 microbiológico. No primeiro trimestre deste ano, o Capex da Vittia foi de R$ 15 milhões, 50,2% mais que em igual período do ano passado. Segundo a empresa, o aumento reflete principalmente os investimentos na fase final de implantação do novo centro de armazenagem, do início das obras da ampliação da fábrica de defensivos biológicos, e da ampliação da capacidade de produção de inoculantes. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.