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13/Mai/2022

GRUPO VITTIA: lucro líquido avança no 1º trimestre

O Grupo Vittia, que produz fertilizantes especiais e defensivos biológicos, obteve lucro líquido de R$ 15,58 milhões no primeiro trimestre deste ano. O resultado representa alta de 23% ante igual período de 2020, quando o lucro foi de R$ 12,67 milhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado somou R$ 26,235 milhões, 20,2% acima dos R$ 21,83 milhões apurados no primeiro trimestre de 2021. A receita líquida aumentou 30,9% na mesma comparação, para R$ 156,47 milhões. Da receita líquida total, a maior participação foi das vendas de fertilizantes foliares e produtos industriais, que geraram receita de R$ 77,92 milhões (+18,2%), e de produtos biológicos, com R$ 32,94 milhões (+44,6%). Cerca de R$ 36 milhões em vendas foram contabilizados em São Paulo, seguido de Minas Gerais, com R$ 33 milhões, e de Mato Grosso, com R$ 24 milhões.

O resultado financeiro líquido no primeiro trimestre de 2022 foi negativo em R$ 1,965 milhão, ante resultado negativo de R$ 3,168 milhões um ano antes. Quanto ao conflito entre Rússia e Ucrânia, que envolve indiretamente Belarus (todos importantes fornecedores de insumos básicos para a indústria de fertilizantes), a Vittia disse que tem baixa exposição direta aos países envolvidos no conflito. A companhia observou que produtores recorreram a estoques estratégicos ou buscaram uma diversificação de fornecedores. Por outro lado, um aumento no volume e preço das commodities agrícolas brasileiras pode beneficiar diretamente os nossos clientes, propiciando uma maior capacidade de absorção de eventuais aumentos de preço de fertilizantes e biodefensivos. A Vittia abriu capital na B3 no segmento do novo mercado durante o terceiro trimestre de 2021. A receita líquida consolidada de R$ 156,5 milhões obtidas pelo Grupo Vittia no primeiro trimestre deste ano mostra que a empresa está no "caminho certo".

Houve desafios no primeiro trimestre com seca na Região Sul e incertezas da guerra entre Rússia e Ucrânia, mas o crescimento de 30,9% na receita líquida mostra que a empresa está na direção correta. Há variações no trimestre de momentos climáticos e de momentos de compras. É destaque o aumento de 36,8% da receita bruta do segmento de biológicos e a alta de 53,3% da receita bruta do segmento de defensivos biológicos, que é o foco da companhia. A linha de defensivos manteve ritmo de crescimento acelerado e a forte alta do complexo NPK (nitrogênio, fósforo e potássio), em consequência da guerra entre Rússia e Ucrânia, pressionou a linha organomineral. Houve o desafio de adversidade climática no primeiro trimestre. A seca na Região Sul e em Mato Grosso do Sul gerou redução de negócios de 20%. Mas, o mercado respondeu bem no primeiro trimestre deste ano, apesar do cenário desafiador, com fatores já citados que afetaram o desempenho trimestral.

A seca já foi superada e o desafio agora é a cadeia de suprimento, o que vai depender do fluxo de importação de fertilizantes. Mantendo as condições atuais, o mercado deve seguir bem para o restante do ano. A queda de 28,6% na receita bruta do segmento de inoculantes no primeiro trimestre é pontual, em virtude de sazonalidade de entregas. O primeiro trimestre é pouco representativo no ano para o segmento de inoculantes. A empresa espera forte demanda por inoculantes neste ano. O crescimento de 85,2% na linha de micros de solo é atribuído à uma venda de maior força que influenciou no trimestre. Não se espera que a linha mantenha esse ritmo de crescimento robusto. Em relação às demais linhas de produtos da companhia: fertilizantes foliares, defensivos biológicos, condicionadores de solos e organominerais, o avanço dos segmentos foi dentro da normalidade. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.