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06/Mai/2022

CF INDUSTRIES: forte alta no lucro no 1º trimestre

A fabricante de fertilizantes nitrogenados CF Industries, dos Estados Unidos, obteve lucro líquido de US$ 883 milhões, ou US$ 4,21 por ação, no primeiro trimestre de 2022. O resultado representa alta de 485% em relação aos US$ 151 milhões, ou US$ 0,70 por ação, registrados em igual período do ano passado. A receita líquida aumentou 173% na mesma comparação, passando de US$ 1,05 bilhão para US$ 2,87 bilhões.

A companhia afirmou que os preços médios de venda foram mais altos no primeiro trimestre na comparação anual por causa da forte demanda global por nitrogênio, assim como a oferta limitada. Os altos custos de gás natural, matéria-prima usada na obtenção de nitrogênio, resultaram em menor produção. Além disso, o conflito entre Rússia e Ucrânia afetou a cadeia global de suprimentos de fertilizantes. O volume de vendas aumentou em relação ao primeiro trimestre de 2021, refletindo maior oferta disponível na América do Norte por causa de uma maior taxa de utilização de capacidade.

A companhia espera que a dinâmica do setor global de nitrogênio continue forte no futuro previsível, com demanda robusta e oferta apertada, além de produção marginal na Europa e na Ásia. A demanda global por nitrogênio continua robusta, sustentada pela necessidade de recomposição dos estoques globais de grãos. Nos Estados Unidos, a expectativa da CF Industries é de uma área de milho entre 36,83 milhões e 37,64 milhões de hectares, acima da estimativa do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), de 36,22 milhões de toneladas.

O consumo de fertilizantes nitrogenados é bastante alto nas lavouras de milho. No Brasil, a companhia acredita que o consumo de ureia vai continuar forte em 2022, sustentado por altos preços de grãos, maior área plantada com milho e melhora da renda agrícola. O fluxo de comércio de fertilizantes para o Brasil deve ser um dos mais afetados pelo conflito no Mar Negro, já que mais de 90% do nitrato de amônio importado pelo Brasil nos últimos anos vinha da Rússia. É possível que compradores brasileiros substituam o produto por outros fertilizantes nitrogenados. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.