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29/Abr/2022

KEPLER WEBER: construção de silos para aluguel

A Kepler Weber vem trabalhando em um projeto-piloto de fundo para financiar a construção de silos destinados a aluguel para produtores ou empresas, informou nesta manhã o CEO da companhia, Piero Abbondi. "Nós acreditamos muito nesse projeto, porque facilitaria para o produtor rural. Mas tem a complexidade para colocar de pé de maneira robusta", disse. Abbondi explicou que a iniciativa envolve escolher a localização do ativo em uma região onde haja demanda pelo serviço, a fim de garantir a liquidez "adequada". "Será preciso fazer a manutenção do ativo. Nós, Kepler, somos parte importante para colocar de pé esse modelo de negócio", afirmou. Nesta semana, a empresa lançou na Agrishow uma linha de crédito própria, com recursos de um fundo de investimento (FIDC) com aportes da empresa e de outros investidores.

Pela primeira série do FIDC, serão cerca de R$ 120 milhões, conforme antecipou a Coluna do Broadcast Agro na última segunda-feira (25). Pela linha, produtores poderão financiar 100% do projeto em até dez anos com taxas de juros pré ou pós-fixadas em torno de CDI (semelhante à Selic, hoje de 11,75% ao ano) mais 4,5 a 5%. "Tentamos oferecer o máximo possível as condições do PCA (programa do governo com taxas de juros controladas), com simplificação de documentação, mesmos critérios de garantia e uma esteira interna que permite liberar o recurso em 30 dias. Não temos pretensão de competir com as taxas do PCA, mas tem todo o apelo para o produtor rural, que não precisará usar seu limite bancário", disse Abbondi. "A ideia é que todo ano possamos emitir uma nova série do fundo", acrescentou.

Quanto ao Plano Safra 2022/2023 e o montante a ser ofertado por meio do PCA, o executivo afirmou que a expectativa é ter "um bom Plano Safra e bom PCA para financiar armazenagem". Para a safra 2021/2022, o governo anunciou R$ 4,12 bilhões, 84% acima do ciclo anterior. O CEO da Kepler Weber comentou que a empresa pretende se "manter firme" nas exportações de produtos, como forma de "balancear" a carteira de pedidos. A receita de negócios internacionais subiu 63,3% no primeiro trimestre, para R$ 37,8 milhões, refletindo incrementos no mercado africano e negócios de tíquete relevante na América do Sul. Conforme o executivo, estão no radar os mercados da Colômbia e da Venezuela, que aos poucos retoma investimentos, bem como o de arroz na Ásia, o qual a companhia "tem condições de atender". "A Ucrânia era um importante importador de secadores nossos e infelizmente, por enquanto, negócios estão suspensos", disse. Fonte: Broadcast Agro.