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26/Abr/2022

Fertilizantes: cotações devem permanecer elevadas

Os preços dos fertilizantes praticamente dobraram em relação há um ano por causa da guerra na Ucrânia, que interrompeu o fluxo de suprimentos da Rússia, o maior exportador mundial de insumos. O cenário, porém, não dá sinais de melhora. Com a incerteza do conflito no Leste Europeu, a alta dos fertilizantes pode ter chegado para ficar e não se pode confiar em nenhuma previsão de preço. O Índice Nacional de Amônia anidra da DTN subiu 122% em relação ao ano anterior, atingindo um recorde de US$ 1.534,00 por tonelada na semana encerrada em 15 de abril.

O Índice Nacional de Potássio da DTN subiu 103% em relação ao ano anterior, a US$ 875,00 e o Índice Nacional de Ureia dobrou o preço do ano passado, a US$ 1.017,00 por tonelada. A amônia anidra é uma fonte de fertilizantes nitrogenados e o potássio e a ureia também são bases para fertilizantes. Os preços do gás natural, outro insumo fundamental para a produção de fertilizantes nitrogenados, também subiram em todo o mundo, com a Europa registrando recordes e os Estados Unidos atingindo o maior patamar desde 2008.

A combinação de sanções com empresas de transporte evitando a região do Mar Negro e comerciantes se afastando de suprimentos russos criou uma incerteza significativa para os agricultores em relação à capacidade de garantir o fornecimento adequado de fertilizantes. Brasil, Índia, Estados Unidos e China estão entre os maiores consumidores de fertilizantes e, na maioria dos casos, dependem de importações substanciais desses insumos. O aperto na oferta do produto tem como consequência o aumento dos preços globais dos alimentos, especialmente do milho. O milho é a cultura mais intensiva em fertilizantes e provavelmente será a mais impactada. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.