12/Abr/2022

A israelense Netafim quer ampliar de 36% para 40% a participação no mercado brasileiro de irrigação por gotejamento até 2024. Para isso, prevê crescimento de 15% neste e nos próximos dois anos. Além da venda de projetos, aposta agora nos serviços. Inaugura este mês modelo de irrigação “por assinatura”, em que planeja, executa e mantém sistemas para o produtor cobrando uma mensalidade. Depois do fim dos contratos, de 6 a 10 anos, o equipamento é transferido ao agricultor.

O Brasil tem cerca de 7 milhões de hectares irrigados, e boa parte não utiliza gotejamento. A Netafim busca ampliar esse mercado, e o serviço é um dos motores do crescimento. A empresa espera receita global de US$ 1,1 bilhão em 2022, com o Brasil entre os cinco maiores mercados. Agroindústrias, como usinas de cana-de-açúcar ou empresas que produzem e comercializam frutas, estão entre os clientes-alvo do projeto. O apelo é um pouco maior para essas agroempresas que possuem ‘muitos chapéus’ para gerenciar dentro do seu negócio.

O foco inicial é a Região Sudeste, mas a empresa quer alcançar todo o Brasil até 2024. O Brasil é o quinto país para o qual a empresa traz a iniciativa, criada no México e já adotada no Peru, Equador e Estados Unidos. A empresa espera ter 2 mil hectares no País até o fim do ano sob o novo modelo de serviços, 4 mil hectares em 2023 e 5,5 mil hectares no terceiro ano. Hoje, o forte da empresa no País são as lavouras de café, grãos, cana-de-açúcar, hortifrúti e citros.