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18/Mar/2022

Fertilizantes: segmento não deveria sofrer sanções

Em reunião com representantes das Nações Unidas e dos governos dos países americanos, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, defendeu que os fertilizantes sejam excluídos do regime de sanções, a exemplo do que ocorre com os alimentos. Ela disse que reprimir o comércio desses insumos afeta a produtividade do campo, reduz a disponibilidade de alimentos, reforça a tendência inflacionária das principais commodities e, como consequência, ameaça segurança alimentar, especialmente dos países mais vulneráveis. Segundo a ministra, é preciso encontrar meios de evitar que medidas destinadas a punir comportamentos específicos, aplicadas por um grupo de países, acabem por afetar as cadeias alimentares mundiais. Não se pode, sob o pretexto de pressionar pela solução de um problema, criar um ainda maior, com o agravamento da situação da fome que, segundo estimativas da FAO, afeta mais de 800 milhões de pessoas no mundo, afirmou Tereza Cristina, que preside a Junta Interamericana de Agricultura (JIA).

Segundo o Ministério da Agricultura, o tema será encaminhado para a Organização das Nações Unidas (ONU), por meio da Organização das Nações Unidas Para Alimentação e Agricultura (FAO). A ministra apresentou outras ações para que, de forma coordenada, seja possível mitigar os impactos negativos da atual crise de preços dos insumos, em especial de fertilizantes. Além de intensificar a pesquisa científica em busca de inovações tecnológicas que permitam fortalecer a eficiência e a sustentabilidade da agropecuária, Tereza Cristina sugeriu aumentar o intercâmbio de informações sobre os mercados agrícolas globais, ampliando, por exemplo, o escopo do Sistema de Informação de Mercados Agrícolas do G-20 (o AMIS) e incluir dados sobre fertilizantes, o que representaria importante contribuição para a transparência e estabilidade dos mercados. No mesmo evento, dentro do tema fertilizantes, o secretário de Agricultura dos Estados Unidos da América, Tom Vilsack, defendeu esforços para a inovação, tecnologia e sustentabilidade para uma maior produção desse insumo.

Para ele, a invasão Russa está acelerando o aumento dos preços não só das commodities agrícolas como também de energia e metais o que impacta a segurança alimentar de países menos desenvolvidos. Por isso, é importante fazer o possível para estimular planos maiores para as plantações nos próximos meses. É preciso que os mercados sejam transparentes e compensação de preços para produzir. Isso é vital para reforçar os suprimentos, enviando um a mensagem para os produtores plantarem mais e mantendo o comércio global eficaz, pontuou. O encontro também debateu as preocupações com a segurança alimentar diante do desafio de uma nova agenda global em agricultura. Tereza Cristina afirmou que, enquanto maior região exportadora líquida de alimentos, as Américas podem capitanear respostas coletivas e coordenadas a esses desafios. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.