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15/Mar/2022

Fretes: preços recordes nas rotas do agronegócio

Os preços dos fretes do agronegócio no Brasil atingiram em março níveis recordes, refletindo a movimentação da safra de soja e a alta do diesel. Os preços de fretes em importantes rotas rodoviárias do agronegócio estão subindo bastante, em patamares recordes, movimento ocasionado pelo aumento da demanda de frete quanto também pela escalada do preço do combustível. Conforme o último levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), com dados coletados até 5 de março, 52,2% da área com soja estimada para a safra 2021/2022 havia sido colhida. Na semana passada, a Petrobras anunciou alta de 24,9% no preço do diesel nas refinarias. A participação do combustível no custo total de transporte aumenta conforme a distância. Para uma distância média de 1.000 Km, por exemplo, essa participação é na ordem de 35%.

Um aumento de 10% no preço do óleo diesel tende a aumentar o custo de transporte na ordem de 3,5%. O transportador procura repassar esse aumento para o embarcador a partir do aumento do preço do frete. Normalmente, as transportadoras e agenciadores que operam com contratos já definem cláusulas de reajuste automático conforme variação de preço de diesel e pedágio. No caso dos autônomos, esse repasse é muito mais lento, porque eles não atuam com contrato. O custo médio do combustível na rota de Sorriso (MT) a Santos (SP), com uma distância de 2.000 Km, subiu de R$ 121,26 por tonelada para R$ 127,83 por tonelada após o reajuste do diesel. Já o custo do combustível no trajeto entre Rio Verde (GO) e Santos (SP), de 1.000 Km, aumentou de R$ 60,63 por tonelada para R$ 63,91 por tonelada. O custo do combustível para o trecho de Guarapuava (PR) a Paranaguá (PR), de 390 quilômetros, subiu de R$ 23,65 por tonelada para R$ 24,93 por tonelada.

O levantamento considerou um aumento do preço médio do diesel nas bombas de R$ 5,61 por litro para R$ 5,91 por litro. De fevereiro para a primeira quinzena de março, o frete subiu nas rotas de Rio Verde (GO) a Santos (SP), de R$ 255,00 por tonelada para R$ 274,43 por tonelada, e Guarapuava (PR) a Santos (SP), de R$ 70,25 por tonelada para R$ 88,00 por tonelada, mas caiu na rota de Sorriso (MT) a Santos (SP), de R$ 423,33 por tonelada para R$ 420,00 por tonelada. É difícil medir isoladamente o impacto do diesel no frete. Mato Grosso está na fase final de colheita de soja, e já é possível observar, entrando em março, uma certa estabilidade dos preços dos fretes. Agora, quando se observa outras regiões, principalmente Norte e Nordeste e o Paraná, que estão entrando numa fase mais de meio de colheita, o frete está começando a explodir agora. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.