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15/Mar/2022

Diesel: escassez e os riscos de desabastecimento

Além de mais caro, o diesel começa a ficar escasso no mercado internacional, não apenas pela saída de um grande player, a Rússia (2,5% do mercado global), mas pelo envio de cargas para a Europa pelos Estados Unidos, por causa da guerra da Rússia na Ucrânia, que reduziu o abastecimento de energia no continente europeu. De acordo com a Associação Brasileiro dos Importadores de Combustíveis (Abicom), o mercado de diesel está cada vez mais apertado por causa da guerra e, apesar de o petróleo estar cedendo no mercado internacional nesta segunda-feira (14/03), o diesel não cede de preço. A janela de importação ainda está fechada para as médias e pequenas empresas.

A defasagem entre os preços do diesel vendido pela Petrobras nas suas refinarias brasileiras em relação ao mercado internacional saiu de uma diferença de 24% no dia 10 de março para 4% no dia 11 de março, após o aumento divulgado pela estatal. Nesta segunda-feira (14/03), a defasagem subiu para 7%. Até mesmo os grandes importadores do País estão com dificuldade de importar diesel pela baixa oferta, o que pode comprometer o abastecimento no País. Mesmo com preço alto, o número de ofertas a cada anúncio de compra do combustível foi fortemente reduzido. Normalmente, quando era feito o pedido de compra de diesel aparecia oferta de mais de vinte navios, agora no máximo dois ou três ofertam. Com isso, o abastecimento no Brasil corre risco.

Os projetos de lei, de redução ou isenção de impostos, não fazem diferença para os importadores, não interferem na competitividade e, além disso, o mercado está muito enxuto. Todo o diesel que vinha do Golfo dos Estados Unidos para o Brasil está indo para a Europa. Para tentar compensar a escassez do mercado, tanto Petrobras como Acelen estão aumentando ao máximo a produção das suas refinarias. Segundo a Acelen, o fator de utilização da Refinaria de Mataripe está em 97%, de cerca de 70% de antes da privatização. A Petrobras não soube informar imediatamente o fator de utilização das suas refinarias, que fecharam o ano passado com 88% (último dado disponível). Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.