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14/Mar/2022

Fertilizantes: retomada da normalidade irá demorar

A cadeia de fornecimento de fertilizantes deve levar mais tempo para voltar à dinâmica anterior mesmo que a guerra entre Rússia e Ucrânia acabe no curto prazo. O conflito causou a retirada da Rússia do sistema Swift, problemas de logística nos portos russos e preços mais altos de petróleo. Além disso, existe risco sobre a entrega dos insumos já vendidos, especialmente após a Rússia anunciar que não exportaria fertilizantes para uma série de países, ainda que o Brasil não esteja na lista.

Os negócios estão parados em virtude do risco de não recebimento das compras, mesmo num cenário em que a relação de troca entre commodities e fertilizantes melhorou em relação ao fim de 2021 em decorrência da alta do preço das commodities mais intensa do que a dos adubos. No caso do Brasil, as preocupações estão voltadas para a próxima safra de verão (1ª safra 2022/2023).

O impacto na produtividade, no entanto, tende a ser mais relevante se a crise se estender até a 2ª safra de milho de 2023, se houver dificuldade de obtenção de nitrogênio, dado que este último não é necessário na safra de soja. Para nitrogenados, a Rússia é a maior exportadora e a principal fornecedora para o Brasil e, no mês passado, os preços de importação desses fertilizantes registraram alta anual de 148%.

Quanto aos fosfatados, existe risco, ainda que o maior fornecedor do Brasil seja o Marrocos, já que o país importa matérias-primas da Rússia. O preço do produto importado pelo Brasil subiu 125% no ano. Para os fertilizantes potássicos, dois dos três principais exportadores do Brasil estão diretamente envolvidos no atual conflito: Rússia e Belarus. O outro país da lista é o Canadá. Os preços de importação aumentaram 173% no ano. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.