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14/Mar/2022

Fertilizantes: alternativas para nitrogênio e fósforo

A substituição de adubos nitrogenados e à base de fósforo, como ureia e MAP (fosfato monoamônico), provenientes da Rússia tende a ser um pouco mais fácil do que a busca por fontes alternativas de potássio. No caso da ureia (adubo nitrogenado), seria relativamente rápido substituir o produto russo, que representou 18% das importações brasileiras no ano passado, ou 1,404 milhão de toneladas, por insumo de outras origens. A China, cuja produção gira em torno de 70 milhões de toneladas/ano de nitrogênio ou ureia equivalente, 65% de sua capacidade produtiva, poderia elevar o volume para mais de 90 milhões de toneladas, compensando parte da oferta russa, de cerca de 25 milhões de toneladas. No caso da produção de nitrogenados, é mais fácil iniciar a produção.

A China conseguiria aumentar sua produção e vender para a Índia, abrindo espaço para o Oriente Médio enviar mais produto para o Brasil, assim como o Irã. O preço dos insumos deve estimular o aumento da produção. Das 7.800 milhões de toneladas de ureia importadas pelo Brasil no ano passado, 24%, ou 1,872 milhão de toneladas, vieram do Catar. Em seguida aparecem Rússia e depois Omã, Argélia e Nigéria, com 16%, 14% e 11% dos desembarques, respectivamente. Com relação aos adubos fosfatados, há possibilidade de desabastecimento, porém também neste caso a China tem capacidade para suprir o produto russo que deixará de ser ofertado ao mercado. A China é o maior produtor mundial, com aproximadamente 35 milhões de toneladas.

No ano passado, forneceu ao Brasil 11% do volume de MAP importado pelo País, ou 562 mil toneladas. A Rússia, que produz 8 milhões de toneladas/ano, foi o segundo maior exportador para o Brasil, com 31% do volume importado, ou 1,584 milhão de toneladas, atrás do Marrocos, com 38% ou 1,942 milhão de toneladas. No total, o País importou 5,110 milhões de toneladas de MAP. A China tem exportado pouco e poderia exportar mais. Em 2019, o país vendeu para o mercado externo ao redor de 11 milhões de toneladas de MAP. Também é possível expandir a produção chinesa, mas neste caso demoraria entre dois e três anos. A Arábia Saudita, terceiro maior exportador de MAP para o Brasil, também poderia aumentar suas vendas. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.