ANÁLISES

AGRO


SOJA


MILHO


ARROZ


ALGODÃO


TRIGO


FEIJÃO


CANA


CAFÉ


CARNES


FLV


INSUMOS

11/Mar/2022

Ferrovias: projeto para reativação da Malha Oeste

Os governos de Mato Grosso do Sul e de São Paulo vão unir forças para reativar a Malha Oeste. A ideia é, por meio da criação de planos estaduais de ferrovias, traçar estratégias mais ágeis para operacionalizar e reativar completamente a malha ferroviária que tem mais de 1.900 Km saindo de Corumbá (MS) até Mairinque (SP). O Plano Ferroviário do Estado de São Paulo apontou que somente em São Paulo existem 2.390 Km de ferrovias ativas e 2.530 Km com alta ociosidade.

O objetivo é debater mecanismos para traçar estratégias conjuntas em prol da retomada da ferrovia, que representa hoje a melhor solução em logística para a redução no volume de cargas que abarrota as rodovias tanto de Mato Grosso do Sul quanto de São Paulo. Houve reunião com o coordenador do GT Ferrovias de São Paulo para que fosse apresentado o plano de ferrovias que contempla de forma estratégica a Malha Oeste.

Como a ferrovia tem um trecho expressivo em Mato Grosso do Sul, deste modo entendemos que a solução da Malha Oeste deve ser conjunta. Esta é a primeira vez que os governos de Mato Grosso do Sul e de São Paulo se juntam para traçar ações neste caso da Malha Oeste. A Malha Oeste tem posição importante de reativação da malha ferroviária paulista. Foi proposta uma ação conjunta para trabalhar através de leis estaduais. A lei de São Paulo já está na Assembleia para ser votada, enquanto o governo de Mato Grosso do Sul, por meio da Comitê de Ferrovias, está finalizando a elaboração do plano estadual.

Recentemente a Malha Oeste voltou a movimentar minério, ainda de forma tímida, na região de Corumbá e por parte da Arcelor Mital que trouxe vergalhões de ferro de Mairinque até Corumbá. No entanto o transporte efetivo de cargas foi paralisado em 2015. O consórcio 'Nos Trilhos de Novo' deverá finalizar os estudos de viabilidade técnica e econômica para a relicitação da Malha até outubro. Composto por quatro empresas, o consórcio vencedor é liderado pela Latina Projetos Civis e Associados.

O trecho teve a qualificação recomendada no PPI (Programa de Parceria de Investimentos), do Governo Federal, em dezembro de 2020. A Malha Oeste, inicialmente NOB (Noroeste do Brasil) e, depois, assumida pela falida RFFSA (Rede Ferroviária Federal), já passou por diferentes empresas depois de um processo de privatização que não resultou na sua plena recuperação. Até julho de 2020, a malha era gerida pela Rumo, mas agora será relicitada até o próximo ano. Fonte: Semagro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.