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11/Mar/2022

Fertilizantes: alternativas de fornecimento ao Brasil

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, confirmou que vai viajar neste sábado (12/03) ao Canadá para tentar contornar parte da crise de abastecimento de fertilizantes para o Brasil. Rússia e Belarus, os dois principais fornecedores do insumo na agropecuária brasileira, enfrentam guerra e sanções. Tereza Cristina informou que vai ao Canadá para ter uma conversa com vários exportadores de fertilizantes, além de discussões sobre a questão logística. Sob este aspecto, a ministra disse que há reclamações dos países exportadores, de que a logística e o tempo de descarregamento levam muito tempo nos portos nacionais, que resulta em demurrage, um preço alto pelo fato de o navio ficar esperando o berço de atracação.

A ministra vai sinalizar que haverá investimentos neste sentido. Há discussões com o Ministério da Infraestrutura sobre formas de agilizar o desembarque. Atualmente, os principais portos brasileiros que recebem fertilizantes são Paranaguá (PR), Santos (SP), e os do Arco Norte, além de São Francisco do Sul (SC). Apesar de ver a guerra entre Rússia e Ucrânia como um fator complicador para o abastecimento de adubos para o Brasil, a ministra lembrou que esta crise não começou com o conflito. Começou quando houve uma crise de energia na China, que desligou algumas usinas e misturadoras de fertilizantes e encerrou as atividades em algumas minas.

O Canadá também hibernou duas minas de potássio. Porém, o alerta foi quando Belarus sofreu sanções por parte dos Estados Unidos e da União Europeia, no fim do ano passado, que proibiram o país de utilizar o Porto de Klaipeda, na Lituânia, e a ferrovia estatal lituana que tem o porto como destino. Desta forma, os exportadores de Belarus ficaram sem ter como escoar sua produção de potássio, e o Brasil é um grande importador do insumo daquele país. A ministra lembrou que esteve na Rússia (antes da guerra) e no Irã, conversando com os maiores exportadores de fertilizantes desses países, para ver a possibilidade destes países compensarem a lacuna deixada por Belarus, sobretudo com potássio e ureia.

A sinalização foi positiva, mas há várias complicações que ainda precisam ser vencidas. Agora, a guerra entre Rússia e Ucrânia, traz uma preocupação enorme, porque o Brasil importa 26% do potássio e da ureia da Rússia. Tereza Cristina confirmou, ainda, que vai lançar nesta sexta-feira (11/09) o Plano Nacional de Fertilizantes, que tem por objetivo reduzir, ao longo dos anos, a dependência externa do Brasil. Trata-se de um plano para 30 anos. A dependência externa não vai acabar tão cedo, mas várias medidas estão sendo tomadas. Entre elas, a ministra citou que tem conversado com o detentor do direito de mineração de uma mina em Sergipe, com objetivo de reativá-la. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.