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08/Mar/2022

Fertilizantes: orgânicos são alternativa para Brasil

O Brasil pode reduzir a dependência de adubos importados de países como a Rússia investindo mais na produção de fertilizantes orgânicos, produzidos a partir de subprodutos das atividades agrícolas, pecuária, agroindustrial e de saneamento urbano, ou seja, resíduos que normalmente são descartados. O adubo orgânico não substitui o uso do fertilizante químico, mas pode reduzir em até 50% sua aplicação e ainda melhora a produtividade da lavoura. O insumo natural facilita a absorção do fósforo pela planta, evitando que esse mineral se perca no solo e acabe contaminando os mananciais.

Segundo a Tera Ambiental, especializada em reciclagem de efluentes e resíduos orgânicos, a produção de fertilizantes orgânicos no Brasil ainda está se organizando, mas tem grande potencial para crescer. Em 2020, segundo a Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo), o setor faturou R$ 334 milhões, 44,5% de crescimento em relação a 2019. Com base nesse faturamento, é possível estimar que a produção seja de 1,5 milhão de toneladas ao ano. A tecnologia mais usada pelo setor é a compostagem termofílica (micro-organismos que gostam do calor). A produção vem numa crescente no Brasil nos últimos cinco anos, devido à satisfatória evolução do marco regulatório que orienta o segmento.

As unidades fabris atualmente instaladas estão buscando aumentar sua produção ao nível máximo e ainda deve ficar aquém da demanda. Os fertilizantes orgânicos não substituem os minerais, mas contribuem para seu aproveitamento no solo, reduzindo as taxas de aplicação com ganhos de produtividade. Atualmente, o preço dos fertilizantes orgânicos varia entre R$ 200,00 e R$ 450,00 por tonelada, dependendo da distância da área agrícola. O adubo químico já custa mais de R$ 2.000,00 por tonelada, embora a quantidade aplicada por hectare seja menor. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.