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04/Mar/2022

Fertilizantes: preocupação com a safra 2022/2023

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, tentou passar uma mensagem de tranquilidade sobre uma possível falta de fertilizantes para a produção agrícola brasileira, em meio ao conflito no Leste Europeu, embora haja preocupação com a safra de verão (1ª safra 2022/2023), que começa em setembro. A ministra afirmou que é muito cedo para dizer se será um caos ou não. Isso vai depender da duração da guerra. Ela afirmou que a 2ª safra de 2022 já está garantida e que os produtores têm um estoque de passagem até outubro. O ministério ainda está levantando os números do volume que falta para garantir toda safra. Tereza Cristina disse que a estratégia é diversificar os fornecedores de adubos para a hipótese dos fertilizantes da Rússia e de Belarus, que é afetado por sanções desde o ano passado, não cheguem a tempo.

A ministra tem uma conversa marcada com o Canadá, maior exportador de potássio, no dia 12 de março. Essa conversa já estava marcada antes da questão no Leste Europeu. Ela também citou oportunidades no Chile, com potássio, e Arábia Saudita, Catar e Israel, para nitrogenados. Esse é o plano se o Brasil não receber fertilizantes da Rússia e de Belarus. Alvo de diversas sanções econômicas devido à invasão da Ucrânia, a Rússia é o maior fornecedor de adubos em geral para o Brasil, considerando o volume. China, Canadá, Marrocos e Belarus aparecem na sequência. Tereza Cristina ainda explicou que, em nenhum momento, a Rússia ou Belarus informaram que não vão mais fornecer fertilizantes para o País, mas que o mercado está paralisado devido à invasão da Ucrânia pela Rússia.

Segundo ela, as sanções impedem, por exemplo, a contratação de seguro para os embarques, além de dificuldades de pagamento, com desligamento de alguns bancos. A ministra ainda negou que haja navios já embarcados com adubos retidos neste momento. É preciso ter cautela neste momento. Há um grupo de acompanhamento com produtores, indústria e logística. Já há conversas para que daqui a dois ou três meses, possa ter prioridade de recebimento de fertilizantes nos portos. Tereza Cristina ainda disse que o Plano B é usar mais tecnologia para diminuir o uso de fertilizantes, mantendo a produção. Essa alternativa, porém, não é de curto prazo. Há um plano do Embrapa que pode ser discutido com os produtores para a próxima safra. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.