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02/Mar/2022

Fertilizantes: crise Rússia-Ucrânia preocupa portos

Segundo a Portos do Paraná (empresa que administra os terminais portuários no Paraná), o conflito entre Rússia e Ucrânia está gerando apreensão nos portos Estado, principal porta de entrada de fertilizantes no Brasil. A companhia afirma que acompanha o momento de tensão no Leste Europeu com atenção. A avaliação é de que ainda é cedo para saber quais serão os impactos diretos e indiretos da crise no Leste Europeu, mas a situação preocupa principalmente o segmento dos granéis de importação, especialmente dos adubos.

Para se ter uma ideia, das quase 11,5 milhões de toneladas importadas (pelos portos paranaenses) de fertilizante no ano passado, cerca de 2,35 milhões, mais de 20%, vêm da Rússia. A preocupação realmente é com a Rússia que, em guerra, tende a suspender as atividades portuárias e o comércio com os países, principalmente ocidentais. O Sindicato das Agências de Navegação Marítima do Estado do Paraná (Sindapar) afirmou que dificilmente os portos do Paraná recebem navios com bandeiras desses países (Rússia, Ucrânia ou Belarus), a preocupação é com o alto risco e custo dos fretes para os navios.

A possibilidade de impacto negativo, no momento, seria a dificuldade, alto risco e o aumento do valor dos fretes para navios que, a partir de agora, vão escalar em portos da Rússia para carregamento de fertilizantes, por exemplo. Mas, ainda que é preciso aguardar a evolução do conflito para avaliar os impactos. Para o Sindicato da Indústria de Adubos e Corretivos Agrícolas no Estado do Paraná (Sindiadubos), a preocupação abrange também Belarus, país vizinho da Rússia e grande fornecedor de cloreto de potássio ao Brasil. A apreensão é quanto os problemas logísticos para escoar esses produtos.

A invasão da Rússia à Ucrânia complica ainda mais a situação que já estava delicada com a Belarus, outro importante mercado. O escoamento da produção de KCL de Belarus está interrompido por sanções impostas pela Lituânia. A indústria brasileira de fertilizantes já estava sentindo os efeitos da suspensão das exportações de alguns adubos russos e limitação de cotas por outros. A maioria das empresas produtoras de fertilizantes nos dois países (Rússia e Belarus) são estatais. Ou seja, as decisões dessas empresas vão a reboque do que decidem os respectivos governos em relação ao mercado internacional. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.