09/Fev/2022
O crescente número de restrições às exportações de fertilizantes, que têm colaborado para encarecer o insumo e inflar os custos da produção de grãos e de outros cultivos, preocupa a agência das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). O órgão estima que, apesar da escalada, a demanda permanecerá aquecida em países desenvolvidos em 2022 e, por isso, teme uma retração da oferta disponível em países emergentes e em desenvolvimento.
O diretor-adjunto da divisão de comércio e mercados da FAO ressalvou que não tem autoridade para falar sobre questões geopolíticas, mas apontou movimentos para reduzir exportações na Turquia, Egito, China, Rússia e outros países. Nesse contexto, há reflexos em vários países que precisam garantir que seus agricultores tenham fertilizantes. A previsão é de escassez de produtos derivados de nitrogênio e fósforo já no segundo trimestre deste ano nos Hemisférios Norte e Sul.
Se os preços continuarem nos atuais patamares, a redução da demanda em 2022/2023 poderá se aprofundar. Se não houver nitrogênio suficiente para o trigo, por exemplo, haverá redução de quantidade e qualidade da produção. Mais agricultores também poderão migrar para culturas que demandam menor volume de fertilizantes, do trigo para o milho, entre outras possibilidades, e nutrientes orgânicos poderão ganhar espaço. Fonte: Valor Online. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.