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08/Fev/2022

Defensivos: alternativas para dessecação da soja

O Ato n° 06 do Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas da Secretaria de Defesa Agropecuária, publicado nesta segunda-feira (07/02), no Diário Oficial da União, traz o registro de 25 defensivos agrícolas formulados, ou seja, produtos que efetivamente estarão disponíveis para uso pelos agricultores. Desses, 5 são considerados de baixo impacto ou de base biológica e 1 de ingrediente ativo novo. O produto inédito é feito à base do ingrediente ativo Impirfluxam. Trata-se de um fungicida recentemente aprovado no Brasil e que será mais uma opção para o controle da ferrugem asiática da soja. Além desse, outros 2 produtos com o ingrediente ativo Dibrometo de Diquate em sua composição foram registrados, aumentando para 19 as alternativas desse herbicida, considerado o substituto do Paraquat.

Esses 2 produtos chegam bem na hora que os sojicultores enfrentam uma escassez do herbicida no mercado nacional, justo quando se preparam para a ‘dessecação’ da soja para a colheita. Dos produtos de baixo impacto registrados, 4 foram aprovados para uso na agricultura orgânica. O Chrysoperla externa, efetivo contra mosca-branca e pulgões; o Telenomus podisi, parasitoide de ovos do percevejo-marrom da soja; o Orius insidiosus, predador da praga Tripes Frankliniella schultzei; e o Azadirachta indica (óleo de nim), para o controle do fungo conhecido como ‘oídio’ e para a mosca-branca. O outro produto de baixo impacto é composto por microrganismo à base de Bacillus velezensis, dessa vez em associação com Bacillus subtilis para o controle do temido mofo-branco causado por Sclerotinia sclerotiorum.

Os produtos de baixo impacto são importantes para a agricultura não apenas pelos aspectos toxicológico e ambiental, mas também por beneficiar as culturas de suporte fitossanitário insuficiente, uma vez que esses produtos são aprovados por pragas-alvo e podem ser recomendados em qualquer cultura. Os demais produtos utilizam ingredientes ativos já registrados anteriormente no País. O registro de defensivos genéricos é importante para diminuir a concentração de mercado e aumentar a concorrência, o que resulta em um comércio mais justo e em menores custos de produção para a agricultura brasileira. Todos os produtos registrados foram analisados e aprovados pelos órgãos responsáveis pela saúde, meio ambiente e agricultura, de acordo com critérios científicos e alinhados às melhores práticas internacionais. Fonte: Ministério da Agricultura. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.