07/Fev/2022
Segundo o Ministério da Agricultura, a política de fertilizantes do Brasil, que está em destaque em razão principalmente das tensões geopolíticas envolvendo grandes produtores, não pode ter um caminho único. É necessário apostar na produção doméstica, mas também firmar parcerias externas para manter os fluxos. O Brasil, necessariamente, vai continuar comprando de outros países. O mercado de fertilizantes é muito concentrado e de difícil ajuste no lado da oferta.
Quanto à tensão entre Rússia e Ucrânia e o efeito das possíveis sanções no comércio dos adubos, além da dinâmica geopolítica, existe também a questão econômica. A Rússia está entre os maiores produtores das três principais linhas de fertilizantes, então impor sanções geraria reações muito fortes. Estados Unidos, China e União Europeia também importam fertilizantes. Belarus, uma das principais produtoras de potássio e fornecedora do Brasil, também foi alvo de sanções dos Estados Unidos e da União Europeia. Mas, foram sanções com limitações para fertilizantes.
A União Europeia depende dos fertilizantes de Belarus, então se impedissem o trânsito, limitariam a capacidade de os produtores europeus terem acesso a esse insumo. Este mês está planejada uma viagem da ministra da Agricultura, Tereza Cristina, para Rússia, junto com o presidente Jair Bolsonaro, e um dos pilares da presença dela seria o contato com produtores russos de fertilizantes. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.