31/Jan/2022
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) destacou que outras rotas, além do Porto de Paranaguá (PR), têm ganhado participação na importação de fertilizantes. O Porto de Santos (SP), por exemplo, registrou em 2021 um aumento na entrada de fertilizantes com um direcionamento a Mato Grosso e Estados das Regiões Sudeste e Centro-Oeste em torno de 53%, saindo de 6,6 milhões de toneladas para 10,1 milhões de toneladas. As importações de fertilizantes pelos produtores brasileiros atingiram nível recorde no ano passado, chegando a 41,6 milhões de toneladas entre janeiro e dezembro de 2021. Em momentos de custos elevados destes insumos, o setor tende a procurar por rotas mais acessíveis e que causem menos impactos no preço final de venda dos fertilizantes aos produtores rurais.
Principal produtor de grãos do País, Mato Grosso foi o Estado que mais importou em 2021, registrando um volume de 8,0 milhões de toneladas de adubos, a maior parte, por meio dos portos de Santos (SP) e Paranaguá (PR), o que demanda um alto custo de transporte, tendo em vista a distância acima de 2000 Km. Os portos do Arco Norte também tiveram um incremento na participação em volume. Os produtos recebidos pelos portos de lá se destinaram sobretudo à região do MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) e Mato Grosso. Os volumes recebidos em Santarém (PA), Barcarena (PA), Itacoatiara (AM) e Itaqui (MA) equivalem a 29,1% do volume importado para atendimento de Mato Grosso, evidenciando que o produtor deste Estado tem buscado alternativas visando diminuir o custo logístico deste produto de alto valor agregado.
Com a maior participação dos portos do Arco Norte na exportação de milho e soja, principalmente, era esperado uma maior movimentação de fertilizantes, uma vez que é comum a utilização da modalidade de frete de retorno, visando diminuição do custo logístico. Ou seja, movimenta-se em direção aos portos com os grãos e retorna para as regiões produtoras com os fertilizantes. Isso torna evidente a importância de se continuar com os investimentos na região do Arco Norte e nos sistemas de transportes para essas rotas, não somente visando a exportação dos grãos, mas, também, nas importações dos insumos, completando o atendimento logístico da cadeia produtiva como um todo, aumentando a competitividade nacional. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.