27/Jan/2022

A Syngenta, detentora do registro do herbicida Diquat no País, se disse contrária à liberação emergencial de defensivos para dessecação da soja, pedida pela Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) ao Ministério da Agricultura. Segundo a empresa, a importação de produtos sem regulamentação coloca em risco produtores e consumidores, meio ambiente e as exportações brasileiras. Na segunda-feira (24/01), a Aprosoja informou que solicitou ao governo liberação emergencial de importação direta do herbicida Diquat, de forma genérica, e do Paraquat, atualmente proibido para uso no País, para a dessecação das lavouras de soja.

A entidade alega que a falta do Diquat tem prejudicado o processo de dessecação, que é a utilização de herbicida para preparar as lavouras para a colheita, e que a indústria não tem cumprido com os prazos de entrega dos insumos aos agricultores. Sobre os relatos de falta do Diquat e atraso nas entregas, a Syngenta disse que se mantém comprometida com os agricultores brasileiros, mesmo que diante de desafios inerentes a uma crise sem precedentes. A empresa afirma estar dedicando os melhores esforços para o aumento dos volumes do produto a ser disponibilizado ao mercado brasileiro, diante de um aumento significativo da demanda. Para tanto, busca alternativas adicionais de fornecimento de todas as fontes possíveis no mundo, incluindo novas opções na China.

Ainda que cientes dos problemas atuais de abastecimento de Diquat, os pedidos serão entregues nos próximos meses, sem renegociação de preços. A Syngenta afirmou também ser favorável a um ambiente de concorrência livre e que mais de 15 empresas possuem registro de comercialização do Diquat no País. A empresa reitera que respeita a regulação vigente e não está medindo esforços para resolver a dificuldade pontual de abastecimento, bem como se prepara para atender a uma demanda ainda maior de Diquat. E, assim, oferecer aos agricultores os insumos necessários para o sucesso da próxima safra. Fonte: Broadcast Agro. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.