20/Jan/2022

O consumo global determinará os preços internacionais dos adubos neste ano. O cenário para demanda é muito incerto. Neste momento, é difícil saber qual será a intensidade de compra de adubos dos principais produtores globais ao longo do ano. Mas, a perspectiva de uma eventual redução na demanda internacional pode pressionar os preços nos próximos meses. A redução da demanda internacional por adubos poderia vir de uma eventual rotação de culturas, com produtor privilegiando o plantio de commodities que têm menor dependência de adubação; da redução do ímpeto de expansão de área; e da menor aplicação em volume por hectare. No momento, é um cenário de demanda bastante incerto.

Será preciso acompanhar as previsões de área plantada dos Estados Unidos e compra norte-americana e europeia, mas a demanda deve ser contraída. Outro fator que desestimula o consumo global de fertilizantes é a deterioração da relação de troca (quantidade necessária de determinada commodity para compra 1 tonelada de adubo). Neste início de ano, as relações de troca estão em níveis historicamente elevados, desfavoráveis ao produtor rural. O mercado internacional continua muito valorizado. Os preços atualmente estão próximos da máxima de 2008. A perspectiva é que as cotações internacionais de adubos diminuam a sustentação a partir do segundo trimestre.

No primeiro trimestre, a temporada de compras dos Estados Unidos e da Europa devem fornecer suporte aos preços. Com o fim da janela de aquisições dos Estados Unidos e da Europa, as cotações devem perder sustentação. A provável ausência de demanda indiana e brasileira neste primeiro trimestre também contribui para preços mais fracos. Contudo, persistem fatores altistas como restrições às exportações chinesas por tempo indeterminado, cota sobre as exportações russas até o segundo trimestre e as sanções sobre as exportações de potássio de Belarus. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.