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19/Jan/2022

SYNGENTA: dificuldades no abastecimento do Diquat

A Syngenta afirmou que enfrenta desafios de curto prazo no abastecimento do mercado com produtos à base do ingrediente ativo Diquat. A Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) afirmou que a falta de dessecante pode trazer prejuízos à safra brasileira de soja 2021/2022. O herbicida é utilizado na preparação da lavoura a fim de deixar a área uniforme para a colheita do grão, processo chamado de dessecação. Esse problema passou a criar problemas para os produtores desde que a Anvisa baniu o uso e a comercialização do Paraquat em setembro de 2020. A decisão obrigou agricultores a buscar herbicidas similares no mercado, embora apenas o Diquat tenha a mesma função e a mesma qualidade.

Segundo a Syngenta, além do aumento da demanda, o suprimento de energia na China e a falta de contêineres no mercado global explicam a oferta limitada do Diquat. Por estar submetido a um processo de mudança com foco em seu compromisso de neutralidade das emissões até 2060, a China passa por restrições no suprimento de energia em regiões específicas, o que impactou fortemente a produção de ingredientes ativos para diversos defensivos, incluindo o Diquat. A empresa destaca o aumento expressivo da demanda por Diquat em 2021. O banimento de alguns produtos no mercado brasileiro fez com que a demanda por Diquat aumentasse significativamente em 2021.

Os volumes de Diquat que a Syngenta forneceu ao mercado brasileiro na atual safra são compatíveis com os volumes de anos anteriores, e, embora tenhamos feito o possível para suprir esse crescimento na demanda, os outros fatores mencionados acima também influenciaram negativamente este quadro. A Syngenta diz que para 2022 está amplamente comprometida com o aumento dos volumes de Diquat a serem disponibilizados para o mercado brasileiro. Para isso, está buscando alternativas adicionais de suprimento em todas as fontes possíveis do mundo, incluindo alternativas viáveis na própria China.

Vale reforçar que também está buscando diálogo constante com as agências reguladoras nacionais para viabilizar a autorização de uso destas novas fontes alternativas em tempo compatível com a urgência do tema. A companhia afirma ser favorável a um ambiente livre e justo de competição que possibilite que outras empresas registrem e comercializem produtos à base de Diquat no Brasil. Entretanto, não parece ser uma alternativa saudável ao País a permissão para que produtos não avaliados e aprovados pelas autoridades regulatórias brasileiras sejam disponibilizados aos agricultores, colocando sua produção, o meio ambiente, a saúde e as exportações brasileiras em risco. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.