12/Jan/2022

O mercado brasileiro tem ainda muitas redes de insumos agrícolas com boa gestão e potencial para serem adquiridas pela AgroGalaxy, mas o ritmo das compras neste ano tende a ser menor do que no ano passado, disse o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da AgroGalaxy, Mauricio Pulliti. A empresa precisa "digerir" as três transações do último ano, que trazem oportunidade de expansão orgânica nas respectivas regiões: a rede Boa Vista, de Mato Grosso Sul, cuja compra foi concluída em abril do ano passado, Ferrari Zagatto, do Paraná, finalizada em setembro, e da Agrocat, concluída na segunda-feira (10/01). Há planos de abrir de 15 a 20 lojas neste ano, além das 144 atuais.

Além disso, com presença mais pulverizada pelo País, o número de áreas inexploradas vem diminuindo, pondera o executivo. "Tem uma quantidade grande de empresas (sob análise da companhia) no pipeline, estamos olhando bastante coisa, mas não vejo três deals (aquisições) em 2022", pontua Pulliti. "Temos crescido duas vezes mais do que o mercado (de insumos agrícolas), mas com o pé no chão. Somos muito responsáveis no nosso plano de expansão", reforçou o vice-presidente de operações Norte/Centro-Oeste da AgroGalaxy e que comandará a operação da Agrocat, Marco Teixeira.

Entre as regiões agrícolas onde a AgroGalaxy ainda não atua e nas quais poderia entrar por meio da compra de empresas estão Bahia, Maranhão e Rio Grande do Sul e os municípios de Mato Grosso à margem da BR-163. "Na BR-163 (em Mato Grosso), que é um berço do agronegócio, não temos nenhuma loja. Na Bahia e no Maranhão dá para avançar organicamente (pela abertura de filiais), mas nada impede que ocorra um M&A (fusão ou aquisição). No Rio Grande do Sul, o crescimento orgânico seria mais difícil, mais provável seria entrar naquele mercado por meio de aquisição, mas não é uma prioridade para nós", contou Teixeira. Fonte: Agência Estado.