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17/Dez/2021

Fertilizantes: previsão de alta dos preços em 2022

Os preços dos fertilizantes poderão ficar altos pelo menos até o terceiro trimestre de 2022. No caso da ureia, a queda nas cotações poderá ser vista a partir do segundo trimestre do próximo ano. Ainda existem entregas em atraso para o Brasil, especialmente de cloreto de potássio bielorrusso. Para o próximo ano, os produtores estudam antecipar parte do volume, em função de disponibilidade de preços. Com os custos elevados de produção para os fertilizantes e as limitações nas exportações russas e chinesas, que devem se manter ao longo do primeiro semestre, há perspectiva de indisponibilidade de fertilizantes no início de 2022. Segundo a GlobalFert, para 2022, não há expectativa de melhora significativa em termos de custos. Aliado a isso, há também restrições de exportação por parte da Rússia e da China, devido ao alto custo de produção e priorização da demanda interna.

É esperado que os preços cedam nos períodos de baixa demanda, mas dificilmente atingirão os patamares vistos em meados de 2019 e 2020. De acordo com estudo produzido pela Universidade de Ohio (EUA), a demanda será o termômetro para os preços dos fertilizantes em 2022. Deve haver uma redução na adubação de milho nos Estados Unidos de até 49 quilos de nitrogênio (N) por hectare, utilizando como base o preço do nitrogenado e do bushel do milho na Bolsa de Chicago. Portanto, os preços elevados dos fertilizantes podem ocasionar redução na adubação por hectare e redução na área de plantio. Consequentemente, os produtores poderão ver uma retração nos preços em 2022, baseado no fundamento da demanda. A primeira percepção será pelo consumo dos produtores nos Estados Unidos. Caso haja uma forte queda, os primeiros reflexos serão sentidos ainda no final do primeiro trimestre de 2022. Fontes: CNA e GlobalFert. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.