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14/Dez/2021

Tecnologia: não há estratégia de descarbonização

De acordo com pesquisa feita pela consultoria KPMG com cerca de 800 líderes de empresas do setor de tecnologia no Brasil e no mundo, apesar de ser uma força disruptiva na economia global, as empresas de tecnologia engatinham, na sua maioria, quando o tema é a descarbonização e compensação de emissões de suas operações. Segundo a pesquisa, 53% das companhias pesquisadas não têm estratégia de descarbonização em vigor, o que inclui a redução ou compensação das emissões de gases do efeito estufa nas operações. Além disso, apenas 16% têm alguma meta para redução de emissões e 31% possuem apenas um planejamento nesse sentido.

O setor colabora com o aumento das emissões de gases do efeito estufa especialmente por conta da produção de equipamentos (hardwares), como computadores, celulares e televisores. As empresas de tecnologia costumam ser vistas como disruptoras e pioneiras. Porém, quando se trata da descarbonização, muitas ainda têm o desafio de traduzir aspirações em ações. Essas companhias ainda buscam formas de reduzir a emissão.

Quando questionados sobre as barreiras para descarbonizar o negócio, os executivos ouvidos pela pesquisa apontaram para duas principais questões: o conselho e a administração não estão suficientemente engajados na questão (18%) e os investidores da empresa estão focados nos objetivos de curto prazo (17%). Do grupo que tem uma estratégia de descarbonização, os esforços estão focados na contratação de energia renovável, eficiência energética e a prática de compensação de carbono, que consiste na compra de crédito de carbono no mercado. Somente 13% dos executivos do setor de tecnologia têm incentivos de remuneração atrelados à descarbonização. O adiamento de ações concretas para a descarbonização não é recomendável para nenhum setor. Todos têm que fazer a sua parte no combate às mudanças climáticas. Esse adiamento criará desafios com relação ao custo de capital, atração de talentos, acesso a mercados e à preferência do consumidor. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.