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13/Dez/2021

Irrigação: as sugestões de atividades prioritárias

Segundo a Embrapa Cerrados (DF), a Rede Nacional de Irrigantes (RNAI) entregou ao Ministério da Agricultura e ao Ministério do Desenvolvimento Regional carta aberta contendo sugestões de atividades prioritárias para o desenvolvimento sustentável do setor no Brasil. O documento sugere instalação do Conselho Nacional de Irrigação, agilidade e aperfeiçoamento nos mecanismos de outorga e licenciamento ambiental e o desenvolvimento de infraestrutura básica, principalmente de fornecimento de energia, entre outras reivindicações. Com irrigação, é possível triplicar a produção de alimentos sem precisar abrir novas áreas. A produtividade de algumas culturas pode ser três vezes maior do que a de sequeiro e algumas culturas, como a do arroz, pode produzir até seis vezes mais.

O Brasil tem uma forte rede de instituições de pesquisa, que geram tecnologias que são referência para o mundo e destacou que os principais desafios da irrigação no País não são tecnológicos, mas estão relacionados à falta de articulação e integração entre as instituições públicas e privadas para que a agricultura irrigada possa se consolidar, utilizando plenamente todas as vantagens da tecnologia disponível. O Brasil é um dos poucos países do mundo com capacidade de triplicar sua área irrigada de forma sustentável. O País tem cerca de 8,2 milhões de hectares irrigados (3,3% do total da área plantada), mas pode chegar a 55 milhões de hectares, o maior potencial de crescimento no mundo. O Ministério da Agricultura já tem em andamento a Política Nacional de Irrigação, com um diagnóstico setorial que apontou a existência de 13 milhões a 15 milhões de hectares de áreas com média à alta aptidão para irrigação.

O Mapa encomendou um estudo para entender a movimentação do vapor de água (evapotranspiração) das plantas cultivadas. Na ocasião da entrega da carta aberta, o Ministério do Desenvolvimento Regional explicou como está a organização das demandas da agricultura irrigada. Já foram criados sete polos de irrigação e outros estão em formação. Uma das dificuldades apontadas é saber o quanto de água pode ser utilizada para irrigação. O órgão ambiental local, em geral, não tem informação sobre a quantidade de água disponível para poder liberar a outorga. Então, o MDR está custeando esses estudos. Atualmente, a RNAI tem 58 membros, representantes de associações de irrigantes, polos de irrigação, indústria e membros dos principais nichos da agricultura que utilizam a irrigação, sob coordenação da Embrapa Cerrados. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.