09/Dez/2021

Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), os preços de fertilizantes devem continuar em trajetória de alta ao longo de 2022, tomando por base as cotações futuras do insumo. Alguns produtos devem seguir em alta até o terceiro trimestre do ano que vem. A ureia deve começar a cair a partir do segundo trimestre. Diante da alta dos adubos e da menor disponibilidade de produto, a entidade vem atuando junto à Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), apresentando projetos que possam minimizar os impactos para o setor, além de manter contato com órgãos de Justiça para coibir a prática de preços exorbitantes.

Há relatos de que a oferta de adubo foi feita somente por preços acima dos praticados no mercado. Há, ainda, um projeto de lei que pede a liberação de importação direta de alguns insumos do Mercosul. Nesse momento, a Argentina e o Uruguai não têm perspectiva de crescimento da safra, então os produtos não estão tão elevados nestes países como no Brasil. Com relação ao aumento dos preços de herbicidas, como o glifosato, e temores de falta de produto no primeiro semestre em virtude da menor oferta chinesa de matérias-primas para defensivos, a entidade vem envolvendo a indústria e o Ministério da Agricultura para evitar eventuais problemas de abastecimento no Brasil.

Entretanto, o fósforo amarelo, insumo relevante para produção do glifosato, tem elevado impacto ambiental e que a China já planejava reduzir a produção do insumo. Então, talvez seja complicado levar para o governo chinês uma pauta de aumento da produção. O aumento dos custos de produção em geral certamente levará à redução das margens de lucro dos produtores. Para a safra 2021/2022, muitos produtores conseguiram comprar insumos de forma antecipada, mas para a próxima safra o ritmo de compras está menor. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.