09/Dez/2021
Segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), os produtores brasileiros não devem enfrentar escassez de fertilizantes na safra 2021/2022, mas o aumento dos preços do insumo é dado como certo. Resolver a questão de oferta dos fertilizantes não é simples, porque envolve logística internacional e doméstica, custos de combustíveis, taxação por países, questão com Belarus. O risco de faltar fertilizante na próxima safra é muito baixo, mas custo aumentará com certeza. Também é baixa a probabilidade de faltar insumos em geral na safra 2022/2023, mas os custos deverão crescer.
Os custos do adubo KCL aumentaram 177% nos últimos 12 meses, atingindo R$ 5.049,00 por tonelada; a ureia se valorizou 147%, chegando a R$ 5.252,00 por tonelada; o MAP teve alta de 117%, atingindo R$ 5.617,00 por tonelada. No caso dos defensivos, o glifosato subiu 372% no mesmo período, chegando a R$ 89,12 por litro, e o herbicida atrazina avançou 59%, para R$ 26,97 por litro. Foi levantado também o aumento do custo operacional efetivo de diversas culturas relevantes para o mercado externo e interno. O custo do milho cresceu 65,3% nos últimos 12 meses, atingindo R$ 4.510,00 por hectare; o da soja 62,9%, para R$ 5.410,00 por hectare; do café, 63,7%, para R$ 19.566,00 por hectare.
Os custos de arroz e feijão, amplamente consumidos no mercado interno, também subiram de forma expressiva, 42% e 34%, respectivamente, atingindo em outubro R$ 10.888,00 e R$ 6.068,00 por hectare. Os produtores brasileiros terão de acompanhar com atenção o câmbio em 2022, ano de eleições presidenciais. Nem todos os produtos, especialmente aqueles destinados mais ao mercado interno, se beneficiam da alta do dólar ante o Real. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.