06/Dez/2021

Segundo a McKinsey, os problemas de logística e oferta e demanda global por insumos deve continuar em 2022 e talvez até depois, porque existe um movimento de inflação de commodities que é estrutural, movimento de demanda e até de recuperação de cadeias que forma interrompidas na pandemia. Além disso, existem movimentos geopolíticos que estão acarretando nesse cenário. O Insper Agro Global também prevê que esse problema persista durante o próximo ano.

Não deve faltar produto, mas os preços que já estão altos não vão cair em 2022 porque existe problema estrutural de oferta e demanda. Isso tende a se regularizar com o tempo. A queda dos preços dos insumos tende a não ser tão rápida como o das cotações dos produtos. Tem um problema de margens que deve ser colocado e, talvez, impacto sobre a terra. Mas, o preço da terra não deve recuar. O Brasil ainda tinha terras mais baratas que o resto do mundo e agora esses preços estão se igualando.

Por outro lado, o produtor que precisará de máquina agrícola para plantar irá pensar duas vezes se irá comprar terra, diante da falta de equipamentos. De certa forma, observa-se uma certa bolha acontecendo no preço das terras e dos arrendamentos, caminhando junto com preços das commodities e margens elevadas de rentabilidade na agricultura, o que estimulou plantio em novas áreas. O movimento de expansão ocorreu principalmente em áreas com integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF).

Houve expansão de cerca de 3 milhões de hectares ao longo deste ano em áreas destinadas ao sistema ILPF, em virtude do bom momento de rentabilidade. Os números de safra são extraordinários, mas as margens estão muito mais apertadas e quem não operar direito na compra do produto vai sofrer. Isso também aconteceu na cadeia bovina com a o forte crescimento do preço de bezerros. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.