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29/Nov/2021

Fertilizantes: importação deverá avançar em 2022

Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a importação brasileira de adubos pode alcançar 35 milhões de toneladas neste ano, se o ritmo atual de internalização for mantido, principalmente pelo fato de os produtores estarem capitalizados e incentivados ao investimento no plantio, apesar da elevação significativa dos custos dos adubos, visando atingir altos níveis de produtividade. Em 2020, o País importou 32,87 milhões de toneladas de fertilizantes intermediários, segundo dados da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda). Até outubro, o volume importado de adubos pelo País foi de 33,8 milhões de toneladas, uma marca histórica, ante as 27,75 milhões de toneladas importadas em igual período de 2020, caracterizando um maior investimento na safra atual, bem como indicação de um aumento de área plantada das principais commodities nacionais, como soja e milho.

Mato Grosso, principal Estado produtor de soja, milho e algodão do País, importou 6,6 milhões de toneladas de adubos no acumulado deste ano, 35,8% superior a igual período do ano passado. Esse cenário de aumento das importações de fertilizantes ocorre em meio às preocupações quanto ao abastecimento nacional desses insumos em virtude do atual quadro do mercado internacional de adubos. A preocupação do mercado em relação ao abastecimento de fertilizantes vem do fato de a China e a Rússia terem anunciado restrições às exportações, sendo este último o principal país fornecedor para o Brasil. A atual conjuntura mundial pode criar mais preocupação para o abastecimento para os próximos meses e, talvez, para o próximo ano.

No entanto, o governo brasileiro já iniciou tratativas com o governo e empresas russas no intuito de garantir a regularidade no fornecimento de fertilizantes. É destaque o aumento da importação de adubos pelos portos do Arco Norte. O Porto de Itaqui (MA) recebeu 2,4 milhões de toneladas de adubos neste ano, quatro vezes mais que as 657 mil toneladas importadas pelo terminal de janeiro a outubro de 2020. Indicando ser o porto do Arco Norte mais bem estruturado para o recebimento deste tipo de carga, seguido pelos portos do Pará (Santarém e Barcarena). O aumento de importação de fertilizantes, pelos portos do Arco Norte, pode indicar, inclusive, a possibilidade de diminuição no custo de transporte, visto a maior possibilidade de frete de retorno (sobe com o grão e desce com o fertilizante). Apesar do avanço do Arco Norte, os portos de Paranaguá (PR) e Santos (SP) permanecem sendo as principais portas de entrada dos insumos no País. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.