25/Nov/2021

Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), o segmento de máquinas agrícolas deve fechar este ano mostrando um crescimento de 40%, o quinto seguido de expansão. Está prevista uma expansão de 5% para o setor em 2022. Pode parecer um desempenho fraco, mas ele se dá sobre uma base muito forte em 2021. Sobre o crescimento de 40% previsto para este ano no segmento de máquinas agrícolas, é destaque a boa rentabilidade dos produtores rurais, resultante do aumento dos preços das commodities no mercado externo e de elevação das exportações de grãos da safra de verão (1ª safra).

A rentabilidade da safra de verão (1ª safra 2021/2022) será muito boa porque não faltaram insumos. Este ano foi o melhor da série histórica para a indústria produtora de máquinas e implementos agrícolas desde 2013. Para a 2ª safra de 2022, pode haver impactos negativos decorrentes da elevação dos custos dos insumos. Sobre a situação do crédito para o setor agrícola, dinheiro não falta e o problema está sendo as elevadas taxas de juros. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) mantém linhas de crédito para financiar o produtor rural na aquisição de máquinas e implementos agrícolas, mas os juros elevados têm inibido a contratação de crédito.

Sobre os impactos da Conferência do Clima, a COP 26, que aconteceu este mês em Glasgow, na Escócia, a percepção é de que as decisões tomadas, na medida que forem sendo implementadas, surtirão efeitos sobre a indústria de máquinas. No entanto, todas as empresas do setor de máquinas agrícolas já trabalham em linha com as práticas recomendadas pelo ESG. Para a entidade, desmatamento é caso de polícia. Se usam as máquinas que o setor fabrica para desmatar, as indústrias não têm culpa. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.