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25/Nov/2021

Defensivos: crescimento da área tratada no Brasil

Segundo o Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg), o agricultor brasileiro aumentou em 8,7% a área tratada com defensivos agrícolas no terceiro trimestre de 2021 em comparação com o mesmo período do ano passado. No total, 209,3 milhões de hectares foram tratados no período ante 192,4 milhões de hectares no 3º trimestre de 2020, representando aumento de 16,8 milhões hectares. A soja foi o produto com maior área tratada no período (32% do total), seguida por pastagem (20%), trigo (12%), milho (10%), cana-de-açúcar (7%) e demais cultivos, informa o sindicato. Esse resultado decorre de uma série de fatores, com destaque para o início do plantio de verão e o esperado aumento da safra 2021/2022, além da expectativa de preços firmes das principais commodities.

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), em seu mais recente levantamento, projeta a próxima safra de grãos 2021/2022 em 288,6 milhões de toneladas, aumento de 14% ante 2020/2021 (252,7 milhões de toneladas). Em volume, os defensivos aplicados no 3º trimestre atingiram 154,6 mil toneladas, ante 145,1 mil toneladas em igual período de 2020 (+6,6%). Entre os principais segmentos de produtos, verificou-se crescimento de 14% no uso de fungicidas (de 12,8 mil toneladas para 14,5 mil toneladas), 12% no uso de inseticidas (de 14,8 mil toneladas para 16,5 mil toneladas), de 7% no uso de tratamento de sementes (1,7 mil toneladas para 1,8 mil toneladas) e 4% no uso de herbicidas (de 104,8 mil toneladas para 109,3 mil toneladas).

O valor de mercado dos defensivos agrícolas aplicados chegou a US$ 1,7 bilhão, com elevação de 21,7% sobre julho a setembro de 2020 (US$ 1,4 bilhão). Destaque para a soja, que aumentou sua participação de 24% para 26% do total, chegando a US$ 435,1 milhões. Também houve elevação na participação do milho (8% para 9%), trigo (8% para 9%), feijão (4% para 5%) e algodão (2% para 3%). A cana-de-açúcar, por outro lado, diminuiu participação em 3% (de 21% para 18%), atingindo US$ 303,5 milhões, enquanto hortifrúti passou de 11% para 10%. Esse índice inclui o lucro dos distribuidores e desconta as vendas para estoque.

O setor mostra preocupação em relação ao cenário global, que é instável, por causa da escassez de matérias-primas importadas, elevação dos custos e, especialmente, falta de garantia de entrega de insumos pela China, principal fornecedor do Brasil. O Sindiveg está em alerta sobre a elevação dos custos de matérias-primas importadas e os problemas de logística. Especialmente nas últimas semanas, temos enfrentado dificuldades para recebimento de importantes insumos. A entidade e todas as indústrias associadas trabalham incansavelmente para equacionar a situação o mais rápido possível, para evitar eventual falta de insumos, mas o cenário é extremamente preocupante. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.