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25/Nov/2021

Brasil integra Programa Solos Vivos das Américas

O Brasil tornou-se, desde o dia 23 de novembro, membro do Programa Solos Vivos das Américas, iniciativa internacional para restauração da saúde do solo na América Latina e Caribe. A adesão ocorreu com o lançamento do programa Solos Vivos Brasil, em evento transmitido pelo Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA). A iniciativa visa promover no Brasil boas práticas de manejo da terra e incentivos para transformar os sistemas agrícolas em ecossistemas que acumulem mais carbono nos solos. A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, destacou que parcerias são fundamentais para acelerar os esforços de aprimoramento da agropecuária. Ela reforçou que a agricultura brasileira é movida a ciência.

E, para fortalecer a ciência, é necessário construir alianças: promover parcerias e trabalho em conjunto entre o Estado Brasileiro, a iniciativa privada, as universidades, organismos internacionais e outras instituições. O IICA ressaltou que a preservação dos solos repercute em outras áreas da sociedade. É um tópico de interesse global, da necessidade de promover a conservação dos solos na região, onde aproximadamente 40% dos solos têm algum tipo de degradação, o que impacta a produção de alimentos, o crescimento econômico, a segurança alimentar, o bem-estar rural e a resiliência em mitigação das mudanças climáticas. Da mesma forma, a recuperação e conservação dos solos é essencial para manter os limites climáticos considerados seguros, o que reflete em agendas e acordos multilaterais sobre esses assuntos.

São necessárias ações que promovam o sequestro de carbono pelo solo. O objetivo é justamente ter solos vivos, com boas plantações e ter o sequestro de carbono, a pegada de carbono, para mitigação das mudanças do clima. Então, colocar o carbono de volta no solo é extremamente importante para essa região. Experiências e resultados de políticas públicas do Ministério da Agricultura foram apresentados pela ministra Tereza Cristina. Uma das ações é o Plano de Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (Plano ABC). Em dez anos, os produtores rurais brasileiros adotaram os modelos produtivos descarbonizantes em mais de 52 milhões de hectares. A recuperação de pastagens degradadas, os sistemas integrados de produção e o plantio direto foram algumas das tecnologias que favoreceram o avanço da agricultura sustentável.

Em outubro deste ano, o Mapa anunciou o ABC+, que prevê a implantação de tecnologias de baixa emissão de carbono em mais 72 milhões de hectares de terras agricultáveis até 2030. Outra política é o Águas do Agro, Programa Nacional de Conservação de Solo e Água em Microbacias Hidrográficas, que tem o objetivo de promover a recarga de água nos aquíferos. Há também o Pronasolos, primeira política pública para o conhecimento, o uso e a conservação do solo como estratégia nacional, que reúne informações de dezenas de instituições sobre os solos brasileiros, com mapas únicos de disponibilidade hídrica e de regiões mais suscetíveis à erosão. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.