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22/Nov/2021

Rações animais: redução na alíquota de insumos

As indústrias de alimentação animal, agroindústrias e produtores de bovinos, aves, suínos e peixes que fabricam sua própria ração têm, a partir do dia 12 de novembro, a oportunidade de adquirir micro ingredientes essenciais utilizados na nutrição animal com redução de 10% na alíquota de importação. Vitaminas e aminoácidos para as rações animais estão entre os 10 mil itens beneficiados pela medida federal que corta a alíquota do imposto de importação até o final de 2022. A notícia deve ser comemorada pela cadeia da produção animal e de petfood porque os preços atuais das vitaminas e aminoácidos estão acima da média histórica devido à instabilidade do fornecimento, especialmente da China. Além da pandemia, a China enfrenta crise energética e restrições ambientais. Adicionalmente, a logística global ainda está desorganizada, com altos custos dos contêineres e atraso nas entregas. Todos esses fatores impactam na cotação dos micro ingredientes importados.

A redução da alíquota de importação é um benefício direto e imediato que o mercado não pode desprezar. Em regra, todas as vitaminas e aminoácidos estão com preços elevados. De um lado, o principal fornecedor está com problemas para produzir e suprir as necessidades do mercado e as questões logísticas; de outro lado, as cadeias de aves, suínos, peixes, petfood e bovinos têm de continuar produzindo. O Brasil é o maior exportador de carne de frangos e o quarto produtor de carne suína. O brasileiro consome 46 Kg de frangos por ano e 16 Kg de suínos. Essas indústrias são muito importantes tanto em termos internos quanto globais e não podem correr riscos de abastecimento de matérias primas essenciais. Como exemplo pode-se citar a metionina, aminoácido indispensável na formulação da ração de aves e suínos. Trata-se de um insumo 100% importado e, portanto, à mercê dos fornecedores, além de ser influenciado pelo mercado do petróleo, que está em alta.

É bastante provável que os preços elevados se mantenham firmes nas próximas semanas. O mesmo ocorre em relação às vitaminas. Um importante fabricante internacional já anunciou que os preços serão impactados a curto prazo. Sejam vitaminas ou aminoácidos, os volumes utilizados nas rações são pequenos, mas são essenciais para uma produção de alto desempenho. Os usuários dessas matérias-primas precisam ser táticos neste momento, comprando o necessário para manter a operação, ter estoques mínimos e aproveitar o benefício fiscal que o governo federal está oferecendo. No caso da lisina, por exemplo, insumo importante para a formação da massa muscular dos animais, o imposto de importação é de 12%. O corte de 10% nesse percentual é expressivo. E há outros aminoácidos-chave que terão alíquota zerada pelos próximos 13 meses. Fonte: M Cassab. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.