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19/Nov/2021

Fertilizantes: poder de compra do produtor recua

Segundo levantamento da Mosaic Fertilizantes divulgado nesta quinta-feira (18/11), o produtor rural brasileiro teve seu poder de compra de fertilizantes reduzido em outubro deste ano na comparação com igual mês de 2020. A companhia calcula a relação entre fertilizantes e commodities agrícolas por meio do Índice de Poder de Compra de Fertilizantes (IPCF), que mensura os preços dos adubos e das commodities em dólar. Em outubro, o IPCF ficou em 1,50, ante 0,72 de outubro do ano passado, números que mostram que os adubos estão menos acessíveis para os produtores. O valor de outubro foi o maior para o mês observado desde 2017. Na comparação com o mês anterior, o indicador também avançou, ante 1,26 medido em setembro.

O principal fator para a alta em outubro continua sendo o próprio cenário de fertilizantes, que segue apresentando um balanço apertado de oferta e demanda global, além de recentes incrementos de custos de produção por questões macroeconômicas, como gás natural e petróleo. O índice de outubro refletiu também o maior investimento dos produtores nas lavouras. Os preços internacionais das commodities agrícolas e a taxa de câmbio atual impulsionaram a rentabilidade positiva nas principais lavouras brasileiras em outubro. Os dados influenciam o otimismo no campo, que prevê recorde de área plantada e tecnologia aplicada na safra 2021/2022. No mês em questão, em relação às commodities agrícolas, os preços apresentaram leve queda em outubro em virtude do início da safra de grãos de verão (1ª safra 2021/2022).

Apesar da retração no poder de compra do agricultor na comparação anual do indicador, o cenário atual é favorável ao investimento em insumos. O agricultor deve investir, cada vez mais, no emprego de compostos destinados a ganhos de produtividade. Somando-se aos bons preços das commodities agrícolas, a rentabilidade pode gerar expressivo ganho adicional, se equiparando aos bons números de 2019 e 2020. O IPCF é divulgado mensalmente e consiste na relação entre indicadores de preços de fertilizantes (fosfato monoamônico, superfosfato simples, ureia e cloreto de potássio) e de commodities agrícolas. Conforme a empresa, o cálculo do IPCF considera as principais culturas brasileiras: soja, milho, açúcar, etanol e algodão. O índice também é ponderado pela variação do câmbio no período analisado. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.