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18/Nov/2021

BOA SAFRA SEMENTES: meta é expansão orgânica

A Boa Safra Sementes vem avaliando oportunidades de aquisição de empresas do setor, ainda que a prioridade seja crescer de forma orgânica, com expansão da estrutura própria. Para a aquisição de algum concorrente, é preciso um preço “justo”. Novos investimentos devem ser anunciados nos próximos meses para atender à demanda reprimida por produtos da marca. A procura de clientes por sementes tratadas e com mais tecnologia (novo germoplasma, tratamento, biotecnologia) tem crescido e ainda há muito espaço para avançar neste sentido.

A construção de Centros de Distribuição, cujos investimentos devem ser anunciados nos próximos meses, visa permitir que produtores comprem sementes de alta qualidade e mais caras, poucos dias antes do plantio, evitando a perda de qualidade decorrente das compras com semanas de antecedência. Com a janela curta de plantio, o produtor acaba priorizando o embarque mais cedo, retirando a semente duas a três semanas antes do plantio, e a semente fica mais tempo fora da câmara fria, perde qualidade. Tendo o Centro de Distribuição próximo, será possível retirar um ou dois dias antes do plantio, com mais qualidade.

A Boa Safra tem um plano de longo prazo de construir sete a oito centros, sendo um a dois por ano. A diferença de preço entre sementes com menos tecnologia, cujos bags com 5 milhões de sementes custam ao redor de R$ 5 mil, e aquelas com alta tecnologia, que podem chegar a R$ 12 mil. No ano passado, 15% das vendas foram de sementes tratadas com inoculantes (tratamento biológico) e para 2021 a meta é de 17%. Nos Estados Unidos, mais de 90% das sementes vendidas têm algum tratamento.

A marca se fortaleceu após o IPO (oferta inicial de ações) e muitos produtores de ponta passaram a buscar o produto depois de a companhia chegar à B3. Quando o produtor vai comprar um produto mais caro, ele quer comprar de uma marca que ele confie. Isso ajuda a Boa Safra, porque a marca está tendo reconhecimento da qualidade. Com a manutenção da qualidade, os Centros de Distribuição e a confiança na marca, a ideia é que cada vez mais comprem produtos com tecnologia. Fonte: Agência Estado. Adaptado por Cogo Inteligência em Agronegócio.